Paraná registrou mais de 1,7 mil casos de ataque de animais peçonhentos em 2021
O Centro de Assistência Toxicológica (Ciatox) do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, que atende casos envolvendo animais peçonhentos, registrou 1.777 ataques desses bichos. O número é referente ao ano de 2021 e aos atendimentos realizados nas cidades de Maringá, Cascavel, Curitiba e Londrina, presencialmente e por teleconsulta.
A maioria dos atendimentos envolve picadas de escorpiões (665). Desse número, 386 são de escorpião amarelo. Em crianças, a picada pode levar à morte. “Esse escorpião é o mais perigoso, o de maior importância médica, pois é o que traz mais riscos”, destaca o coordenador do Ciatox, Camilo Molino Guidoni.
Em seguida, estão os casos envolvendo aranhas (642), cobras venenosas (201), lagartas (126) e abelhas (49). Os números correspondem a um terço dos pacientes que procuram atendimento por intoxicação em geral. O restante refere-se a intoxicações por ingestão ou contato com medicamentos, produtos químicos entre outros animais não-peçonhentos, como algumas cobras que não tem veneno.
O que fazer ao ser picado
O coordenador do Ciatox orienta para que a pessoa que levou uma picada de qualquer animal peçonhento, primeiro, mantenha a calma. Se possível, deve-se capturar o animal, sem matá-lo, para que ele seja identificado e classificado. Caso a pessoa não consiga, pode apenas descrevê-lo na hora do atendimento.
É importante que a pessoa procure atendimento imediatamente para evitar que o quadro se agrave, como destaca o coordenador: “muitos pacientes resolvem esperar, porque na hora não está doendo. Mas no caso do escorpião amarelo, por exemplo, o tratamento se desenvolve melhor se o atendimento for feito rapidamente”.
O Centro de Assistência Toxicológica funciona na Universidade Estadual de Londrina, norte do Paraná e atende todos os 399 municípios do Estado.