Paraná registra aumento de 135% na venda de produtos voltados à saúde e bem-estar pet, diz pesquisa

Publicado em 9 ago 2021, às 18h11. Atualizado em: 17 nov 2021 às 10h39.

Um levantamento realizado por uma empresa especializada no mercado pet apontou que, comparado o primeiro semestre de 2020 com o de 2021, as famílias paranaenses aumentaram em 135% o consumo de produtos voltados à saúde e bem-estar de cães e gatos. Ainda segundo a pesquisa, nesse período, o estado apresentou um crescimento de 500 novos pontos de venda e 35% a mais na rede de parceiros no estado.

De acordo com a Organnact, os dados revelam que a pandemia trouxe novos hábitos não só para as pessoas, mas também para os bichinhos, que estão ganhando mais atenção e, de sobra, mais cuidados com a saúde e o bem-estar.

“Pela primeira vez vivemos um período maior em casa, com animais de estimação e seus donos juntos em tempo quase integral. Isso fez com que os tutores prestassem mais atenção nos animais. Seja para tratar o pelo, seja para aumentar a imunidade, shampoos, vitaminas, o fato é que cães e gatos passaram a ser mais cuidados durante a pandemia. Outro fator que vem impulsionando as vendas desses produtos é o fato de que as pessoas também estão se cuidando mais, e, com isso, acabam estendendo esse cuidado aos seus bichinhos”,

conta Dr. Antônio Roberto Bacila, médico veterinário e especialista em nutrição animal.

O Brasil é o segundo país com a maior população pet no mundo, com animais de estimação em mais de 37 milhões de domicílios, segundo a pesquisa Radar Pet, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) em parceria com o Instituto H2R. Ainda segundo o levantamento, são mais de 54 milhões de cachorros e 30 milhões de gatos no país, o que mostra o potencial de crescimento no setor.

“Aqui no Paraná são cerca de oito milhões de animais de estimação, o que significa que para cada três paranaenses, existem dois pets, que são membros da família e que vêm ganhando atenção tal como”,

comemora Dr. Bacila.

Dica para economizar

Segundo Dr. Bacila, há um comportamento cultural em que pais de pets tendem a procurar ajuda médica quando o animal de estimação apresenta algum sintoma mais severo, gerando assim, além dos gastos com a consulta veterinária de emergência, o gasto com internação, medicamentos, vacinas, e até mesmo cirurgias acabam comprometendo o orçamento familiar.

“Esse é um comportamento bem cultural, típico brasileiro. Só se olha para a saúde do animal quando há alguma complicação, ou ainda quando se leva o pet para vacinar. É preciso mudar essa ideia de que a saúde do bichinho de estimação é uma questão fácil de se resolver”,

lembra o Dr. Bacila.

A pesquisa Radar Pet comprovou esse comportamento quando revelou que apenas 36% dos tutores de gatos levam os felinos para consultas periódicas e apenas 34% dos donos de cães realizam isso de forma regular. Ou seja, a maioria ainda tem o hábito de deixar para a última hora.

“Se a gente for colocar no papel, é claro que vale muito mais a pena. A maioria dos suplementos tem valores a partir de R$30, e com isso, com apenas R$1 ou R$2 por dia é possível garantir mais saúde pros pets de forma preventiva. É claro que os suplementos não são garantia certa do não aparecimento de doenças. Eles ajudam a melhorar a imunidade dos animais e, consequentemente, os pets se tornam menos expostos a bactérias e infecções. No caso de ainda assim serem acometidos por alguma doença, os suplementos ajudam na pronta recuperação ou ainda na possibilidade de não haver um agravamento”,

explica o veterinário.

No mercado, existem diversos produtos que realizam essa suplementação. No entanto, é preciso estar atento à qualidade daquilo que se oferece aos animais.

“Na dúvida, é sempre bom contar com o apoio dos médicos veterinários ou ainda de profissionais de pet shop, clínicas, agropecuárias e aviários, que recebem treinamentos na hora de indicar o melhor suplemento para cães ou gatos”,

alerta Dr. Bacila.