Aulas comportamentais podem ajudar o humor e a saúde física dos cães
Engana-se quem pensa que apenas humanos devem frequentar escolas para adquirir novos conhecimentos, habilidades e praticar a interação social. Cães também podem ter acesso a instituições que ofereçam atividades com estímulos sociais, sensoriais, cognitivos e físicos. Segundo pesquisa Quaest, 94% dos tutores afirmaram que a saúde mental melhorou por ter um pet, e tão importante quanto isso é que os animais também enriqueçam suas rotinas.
No caso dos cães, frequentar uma escola comportamental é uma das alternativas para seu bem-estar e qualidade de vida; é, inclusive, uma prática bastante incentivada por veterinários. As atividades são planejadas para atender as necessidades comportamentais e fisiológicas dos cães, unindo recreação, adestramento básico, socialização, enriquecimento ambiental e habituação a itens como sons de fogos e de choro de bebês.
“Com base no manejo positivo, a escola oferece vantagens que serão refletidas pelo resto da vida do cão. A partir da frequência nas aulas, ele estará apto para enfrentar diferentes situações e dilemas, sejam elas emocionais, de convivência, adaptação ou de melhoria na sua saúde como um todo, contribuindo também com sua longevidade”, explica Marina Meireles, veterinária comportamentalista e coordenadora da Escola Nouvet, do centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.
Alguns dos benefícios de frequentar a escola, que podem ser observadas a médio ou longo prazo, são: gasto de energia, prevenindo a ansiedade, agitação e latidos excessivos; socialização saudável com pessoas e outros animais; enriquecimento ambiental para estimular comportamentos naturais da espécie; e adestramento com comandos básicos.
“A Escola Nouvet é um desses espaços em São Paulo, com foco nas necessidades individuais de cada aluno, pensando em seu desenvolvimento e respeitando suas características. Além da rotina de atividades, temos também como ideal preparar os alunos para lidar de forma mais tranquila com situações da vida cotidiana, como sons de fogos, uso da caixa de transporte, ida ao veterinário, entre outros”, comenta Marina.
Além de ser um local em que o cão se torna um aluno e pode aprender variadas habilidades, a escola serve como apoio e alternativa para os tutores que precisam passar o dia fora de casa e não querem deixar seus amigos sozinhos. Assim, os pets conseguem se manter entretidos por um longo período com ajuda de veterinários comportamentalistas e, claro, de outros companheiros caninos. Isso também ajuda no fortalecimento de outros vínculos, trabalhando a ansiedade de separação e a socialização com outros seres.
Para orientar os tutores que desejam matricular seus cães, a especialista explica que é preciso avaliar se a escola proporciona diferentes ambientes, espaços e estruturas para estimular a segurança e confiança aos animais, além de possibilitar múltiplas atividades. “É importante que o local seja seguro, mantenha protocolos adequados de higienização e de manejo. Além da segurança física, a segurança emocional também é importante, o que é feito através da seleção de uma equipe que entenda sobre comportamento canino e sobre manejo de cães em grupo, de forma a lidar com os alunos com gentileza e estratégia”, complementa a veterinária.
Fonte: Revista Cães e Gatos.