“Temos todos os motivos do mundo para sermos felizes, porém, precisamos limpar as janelas da alma para que possamos vê-los. Na correria diária, acabamos muitas vezes nos desconectando com o sagrado, nos mantemos muito tempo focados na existência e na sobrevivência. Somos eternos, somos essência e somos vida, que é mais do que simplesmente sobreviver, vida é alegria em servir ao próximo e a si mesmo aqui na Terra.”
Muito difícil falar sobre felicidade, é muito pessoal, porém, algumas coisas precisamos entender sobre ela; felicidade não é o destino, é o momento, não foi ontem ou será amanhã, é o agora. Não devemos trata-la como uma dependência, porque é uma decisão. Nós decidimos ser felizes, mas, antes precisamos entender que a felicidade não é o que temos, é a aceitação do que somos.
Ainda que seja difícil falarmos ou entendermos a felicidade, tenhamos em mentes que todos nascemos com o direito de ser feliz. O que tira o foco da felicidade é nossa ganância, é nosso empenho equivocado nas conquistas materiais e lutas pelo poder. Quanto mais conquistamos coisas efêmeras, mais temos a necessidade de conquista-las, para saciar nosso desejo que ressurge a cada conquista e nos afasta do nosso eu espiritual.
Precisamos vigiar nossas mentes. Às vezes, tudo o que precisamos é ficar no nosso cantinho, sozinhos, acompanhados apenas de nós mesmos, sem pensar, somente focados no nosso eu interior. Quando conseguirmos nos desligar das coisas que desejamos, agradeçamos por mais um dia, por tudo que temos agora, pelas oportunidades que passaram e pelas que virão ao nosso encontro.
Lembremos que podemos considerar nosso corpo como a alcova da alma; diferentemente do quarto, a alcova não tem passagem direta para o exterior, é um aposento que fica no centro da casa. Assim, nossa alma mora no centro da casa, precisa passar pelas portas do livre arbítrio e da consciência para agir. Agindo de forma justa e perfeita, teremos motivos para sermos felizes, do contrário, estaremos apenas alimentando tristezas alheias e a nossa própria.