Quando a saia cai
Amo quando tua saia desliza pelo corpo.
Avalanche de sensações efervescentes.
Sinto meu coração disparar neste momento.
Quando tua saia cai, vejo o mundo aberto.
Lentamente me aproximo e te toco devagar.
Há magia intensa quando tua saia cai…
Teus lábios inchados estão entreabertos.
Há pulsação frenética nos grandes lábios.
Corrente alternada a ditar o tom da paixão.
Parada, me olha com fogo nas retinas.
Com um gesto me autoriza. Colo em ti.
Sinto na alma teu cheiro adocicado de cio.
Tua saia no chão é adereço nesta peça realista.
Abre um pouco mais as pernas e eu vejo o céu.
Meu corpo treme e é sugado pela tua pulsação.
Vai me envolvendo como se me prendesse.
Deixo-me dominar pelo teu desejo de labaredas.
Amazona exímia, me cavalga sem piedade.
Estou sobre tua saia que agora lustra o chão.
Teu tremor de escala máxima me faz delirar.
Sou invadido pelas lavas do teu gozo. Eu grito.
O prazer é tanto que não contenho o escândalo.
Bate na minha cara num ímpeto de revolta.
Como serpente, me engole e me tortura no prazer.
Arranha meu peito e lambe do meu sangue.
Sou cordeiro indefeso nesta tua imolação.
Depois de múltiplos orgasmos, vira-se de costas.
Grandes lábios pulsantes voltam a me engolir.
Com maestria, me prende e me solta mil vezes.
Não me contenho e, de novo, jorro em ti.
No chão, tua saia encharcada de suor e gozo.
Agora você ri como menina travessa.
Em redenção, me dá os seios de aréolas rosadas.
Esfomeado, abocanho os dois com volúpia.
Agora está entregue a todos os rituais. Sugo-te.
Expio todas as culpas neste instante de oferenda.
Jossan Karsten
Foto: Pixabay License