Quando a saia cai

Publicado em 27 ago 2020, às 10h57. Atualizado em: 2 set 2020 às 11h01.

Amo quando tua saia desliza pelo corpo.

Avalanche de sensações efervescentes.

Sinto meu coração disparar neste momento.

Quando tua saia cai, vejo o mundo aberto.

Lentamente me aproximo e te toco devagar.

Há magia intensa quando tua saia cai…

Teus lábios inchados estão entreabertos.

Há pulsação frenética nos grandes lábios.

Corrente alternada a ditar o tom da paixão.

Parada, me olha com fogo nas retinas.

Com um gesto me autoriza. Colo em ti.

Sinto na alma teu cheiro adocicado de cio.

Tua saia no chão é adereço nesta peça realista.

Abre um pouco mais as pernas e eu vejo o céu.

Meu corpo treme e é sugado pela tua pulsação.

Vai me envolvendo como se me prendesse.

Deixo-me dominar pelo teu desejo de labaredas.

Amazona exímia, me cavalga sem piedade.

Estou sobre tua saia que agora lustra o chão.

Teu tremor de escala máxima me faz delirar.

Sou invadido pelas lavas do teu gozo. Eu grito.

O prazer é tanto que não contenho o escândalo.

Bate na minha cara num ímpeto de revolta.

Como serpente, me engole e me tortura no prazer.

Arranha meu peito e lambe do meu sangue.

Sou cordeiro indefeso nesta tua imolação.

Depois de múltiplos orgasmos, vira-se de costas.

Grandes lábios pulsantes voltam a me engolir.

Com maestria, me prende e me solta mil vezes.

Não me contenho e, de novo, jorro em ti.

No chão, tua saia encharcada de suor e gozo.

Agora você ri como menina travessa.

Em redenção, me dá os seios de aréolas rosadas.

Esfomeado, abocanho os dois com volúpia.

Agora está entregue a todos os rituais. Sugo-te.

Expio todas as culpas neste instante de oferenda.

Jossan Karsten

Foto: Pixabay License