“Nascemos livres; com o passar do tempo nos aprisionamos ao passado e futuro, acreditando ser o que não somos, uma personificação criada sobre nossas conquistas, experiências, conhecimentos, crenças e poder. Quantos mais de nós conseguirem se libertar dos vícios do ego e da vaidade, mais veremos ações fraternas e solidárias. Querendo ou não, estamos na Terra em voo solo, em caráter de provação e expiação”.
Existe um provérbio antigo que diz: – Os pássaros não temem a ventania que ameaça o galho onde estão pousados, eles simplesmente poderão voar. – Quando conhecemos nossa missão e sabemos que precisamos simplesmente fazer o bem, não teremos medo das tempestades, porque seremos como os pássaros, que instintivamente sabem o que fazer.
Lembremos que seremos livres quando eliminarmos nosso ego. Engana-se aquele que acredita que apenas os poderosos possuem ego; é verdade que quanto maior o poder, maior a ganância que nos afasta das coisas universais, mas, os submissos também possuem ego, no seu íntimo, acreditam que controlam a situação convivendo com quem os domina; no fundo, entendem que sem eles, os poderosos não poderiam sê-lo.
Um dos vícios mais difíceis de controlarmos, portanto, é nosso ego, que nada mais é do que acreditamos e projetamos ser alguém com base em nossas conquistas, conhecimentos e experiências, baseados no passado e futuro, acabamos nos tolhendo de viver o presente ou o verdadeiro eu. Assim, vivemos constantemente confusos, alternando nosso eu verdadeiro com a personificação que criamos por meio dos pensamentos, convicções e crenças, sempre influenciados pelo tempo vivido ou pelo tempo que viveremos.
A leveza com que caminhamos nos permite ir mais longe, do que carregados de ranço, de vícios, que impõem dificuldades no nosso caminhar e torna mais lento nosso progresso. Eliminar os vícios como o ego, a vaidade e outros tantos, é parte do nosso aprendizado na terra, cá estamos em caráter de expiações e provações; tenhamos a sabedoria de cruzar as tempestades voando como os pássaros, livres e leves.