O silêncio dos seixos
Publicado em 2 jul 2020, às 10h54. Atualizado em: 2 set 2020 às 11h02.
Por horas a fio, contemplo as pedras.
Elas me dizem muito em seu silêncio.
A água bate e se vai, em pequenas ondas.
No reflexo, minha imagem distorcida.
São seixos variados em cores e tamanhos.
O tempo é escultor de histórias e lendas.
Sou parte do passado de mim mesmo.
Na beira da praia, observo a vida simples.
Desce o sol num fim de tarde qualquer.
De novo, a onda chega, polindo as pedras.
Um pouco de areia escorrega com a água.
Eu permaneço neste posto de contemplador.
A vida é líquida, mas entremeada de pedras.
Lisas superfícies que podem enganar. Tombo!
Por horas e mais horas, eu paro e observo.
Momento de voltar. Tateio as pedras e caminho.
Jossan Karsten