“Não conseguimos mudar coisa alguma sem antes aceitá-la. A condenação não libera, oprime.” – Carl Jung
Desde pequenos somos educados a fazer o bem, independente da circunstância e a quem, o que sempre importará será a prática das boas ações; graças a Deus que fomos educados assim. Nossos pais não estavam errados, fizeram o que podiam para nos educar na seara do bem e nós, também, não erramos ao cobrar de nossos filhos, postura descente e caráter nas ações.
O erro de nossos pais e nosso, é que aprendemos e ensinamos que o mal está apenas no mundo lá fora. Infelizmente, demoramos para entender que o bem e o mal são uma dualidade que coexistem dentro de todos, como uma sombra, escondida na nossa consciência individual, que se manifesta em alguns momentos de isolamento ou influenciados pela inconsciência coletiva.
Entre o bem e mal e as escolhas que fazemos, está o livre arbítrio, todos temos a chance de escolher. A Terra é nossa sala de aula da expiação e da provação. Apenas confrontando nossas dualidades, nossas fraquezas e vícios, é que saberemos se superaremos ou sucumbiremos, diante de nossas ações.
Infelizmente, deveríamos ter aprendido antes a questão das dualidades, para mantermos o equilíbrio em qualquer circunstância que estejamos vivendo. Importante sabermos que se sucumbirmos, sempre será possível ressurgirmos das cinzas, bastará mudar nossos comportamentos; o passado não se apagará, mas, a construção de um futuro melhor será possível, por meio de atos descentes no presente.
A autopiedade é o primeiro degrau para repararmos nossos erros. Antes de pedir perdão a alguém, nos perdoemos, não somos nem melhores e nem piores, somos iguais, alunos da grande escola da vida, cada qual com seus erros e acertos, conforme o nível individual de consciência nos permite o entendimento.