Microconto: Livrai-nos do ego, Pai!
Lembre-se, não há apenas um ponto de vista, portanto, se coloque no lugar do próximo para que possa entendê-lo. Depois de compreender o próximo, se o nosso ponto de vista nos faz pensar que somos superiores, ao ponto de julgá-lo e condená-lo, definitivamente, esse não somos nós, é nosso ego. Vamos nos observar melhor, se perdemos muito tempo reclamando das pessoas, estamos agindo pelo ego. Melhor cessarmos as lamentações, que só tomam parte do nosso precioso tempo, que poderia estar sendo utilizado para nos transformar.
Precisamos ouvir e observar melhor a todos, abrindo mão de nossas convicções e do pensamento de verdade absoluta, não limitemos nosso Universo a apenas aquilo que conhecemos, esse é um grande erro, que faz com que criemos paradigmas e vivamos numa bolha, com medo do novo. O mundo está em constante transformação, fazemos parte dela; cedo ou tarde, as tempestades destruirão o que pensávamos ser nosso porto seguro, basta olhar a pandemia e o confinamento, jamais imaginávamos algo semelhante.
Parece muito difícil abandonar nossas convicções e trocar o ego que nos personifica pela nossa consciência divina que nos aprimora. Porém, é possível; basta que ao menos uma vez nada vida, tenhamos dúvidas das coisas; isso mesmo, duvidemos do sistema, da política, do dinheiro e até da religião. Repensemos tudo, reflitamos sobre outros pontos de vista, de repente, as dúvidas poderão ser o caminho para nossa libertação.
Se descobrir uma nova verdade, ganhará alguns novos amigos e perderá aqueles que nunca foram, por não permitirem e aceitarem o seu livre pensamento. Não tem problema, afinal se precisa ter cuidado com o que falar num velho grupo de “amigos”, é porque está no meio dos “amigos” errados.
Aproveitando que estamos confinados, vamos reconhecer como melhores amigos, aqueles que se preocuparam em nos ligar, mandar um e-mail, um “salve” no whatsapp, enfim, aqueles que quiseram saber notícias nossas e se preocuparam com a nossa família. Acredito que é um bom recomeço para depois disso tudo…
“Nem todas as verdades são para todos os ouvidos.” – Umberto Eco