Microconto

Onde quer que estejamos, vamos nos permitir parar o que estamos fazendo, olhar pela janela e observar o que o Universo está nos oferecendo agora. Pode ser que estejamos sendo presenteados com o mais vívido raio de sol, o mais intenso brilho das estrelas ou a mais límpida água da chuva, mas, concentrados na rotina diária não estamos dando a devida importância.

Observemos a vida lá fora; como se comportam as pessoas, os pássaros, os insetos e toda energia manifestada. Nem tudo está em movimento, mas, tudo tem vida e energia própria. Prestemos atenção não apenas nas ações, mas, nas reações também; nos coloquemos naquele lugar e tentemos imaginar como agiríamos ou como seriam as nossas reações.  

Quando pudermos parar para observar o Universo com mais frequência, sentiremos suas vibrações e energias manifestadas, compreenderemos melhor as pessoas, seus motivos e, principalmente, perceberemos que, ainda que nada tenha mudado no ambiente, nós mudamos, vemos com outros olhos os lugares que agora, apesar de serem os mesmos, nos parecem tão diferentes.

Compreenderemos, então, que não são os lugares que nos transformam, são as experiências vividas, as percepções que levaremos de lá e, principalmente, as que deixaremos lá. O pouco de nós que ficará em cada lugar, que seja intenso e que provoque saudades, que seja um pouco da nossa luz.

“Se as viagens simplesmente instruíssem os homens, os marinheiros seriam os mais instruídos.” – Marquês de Maricá