Içar velas, recolher âncoras e curtir a viagem.
Para um barco sair do cais, será necessário içar as velas para aproveitar os ventos rumo ao destino. Porém, um barco com velas içadas, mas, ainda ancorado, não sairá do lugar. Fazendo uma comparação com nossas vidas, para que possamos evoluir nessa viagem na Terra, não basta apenas ter a vontade de vencer e lutar para fazer acontecer, é preciso deixar o peso do passado para trás, perdoar-se, agradecer pela oportunidade e se esforçar.
Há muitas coisas do passado que são como uma âncora, que pesam em nossas decisões e atitudes e nos impedem de fazermos progressos. Além disso, tudo aquilo que “ancoramos” em nossos corações, de alguma maneira se manifesta em nossos corpos, seja nas células, nos órgãos, nos ossos, enfim, em algum lugar acabamos somatizando doenças decorrentes das dores da alma.
Claro que nenhum navio joga fora sua âncora, apenas a recolhe e viaja carregando-a consigo; igualmente devemos ser com as nossas experiências, viajaremos com elas a bordo, pois em algum momento, precisaremos “ancorar”, nos equilibrar na tempestade, antes de seguirmos adiante. Então, que as experiências sejam aproveitadas e as lições aprendidas, antes de recolhermos a “âncora” novamente e prosseguirmos viajem.
Por fim, precisamos manter o foco na viagem e não na âncora. Esqueçamos as preocupações e ansiedades, para vivermos plena e intensamente durante o caminho, que não tem volta, cronologicamente é retilíneo e todos chegaremos ao nosso ponto final, que aproveitemos melhor nossas vidas.
“Na vida é preciso ter raiz, não âncora. A raiz te alimenta, a âncora te imobiliza.” – Mario Sergio Cortella