Fale pouco, no entanto, fale bem
Não tenha dúvida que o silêncio e a discrição expressam mais sabedoria que a prolixia, que em resumo é o ato de escrever ou falar em demasia para explicar algo ou tentar esclarecer o inexplicável. Precisamos nos policiar, mantendo sempre a discrição e a objetividade, não cometendo excessos para cansar quem está nos ouvindo ou lendo, sejamos breves e sucintos, no entanto, objetivos.
A prolixia pode ser o anúncio de um vício, a vaidade, expressa na vontade de nos tornarmos salientes, numa clara tentativa de demonstrar nossos conhecimentos e proficiências supostamente superiores ao dos leitores ou ouvintes; porém, acabamos nos tornamos aqueles “chatos” inquisidores no nosso meio social. Muitas vezes, quando um assunto se esgotou e mesmo não sendo o momento oportuno para nos pronunciarmos, assumimos que os argumentos do próximo são irrelevantes, ante ao nosso suposto domínio da verdade.
Não queiramos nos aparecer mais que ninguém, tampouco, queiramos mostrar superioridade em todos os momentos. Afinal, ninguém sabe tudo sobre todos os assuntos. Nem sempre, falar demais é sinal de conhecimento de causa. Assim, de repente, melhor nos tornarmos receptores e deixar o debate para os mais fundamentados. Então, poderemos nos tornar inquisidores, mas, no intuito de aprendermos e evoluirmos.
Por fim, lembremos que a natureza foi muito sábia, ao nos conceber com dois olhos, duas orelhas e uma boca; talvez, querendo sinalizar que devemos observar e ouvir mais do que falar. Aprendamos a controlar nosso instinto, dominemos nossa ansiedade e agucemos nossa visão e audição para aprendermos. Quem muito fala, tem pouco tempo para reflexões.
“Como a abelha trabalha na escuridão, o pensamento trabalha no silêncio e a virtude no segredo.” – Mark Twain