Entre o nascimento e a morte, viva.
Ao acreditamos que a vida é o tempo dedicado ao progresso material e ao nosso conforto, em renúncia à evolução espiritual, então, não é vida, é mera sobrevivência. Vida é a nossa entrega com entusiasmo e dedicação às causas humanas, primeiro, nos conhecendo melhor, depois praticando o amor fraterno e a solidariedade.
Feliz daquele que tem a possibilidade de tornar-se sábio cedo, para compreender que devemos viver enquanto jovens, não dedicar apenas uma pequena fração da nossa passagem na Terra para o bem viver; quando já estivermos de sexagenários para frente e não tivermos mais a jovialidade e a vitalidade para realizar nossa missão por completo.
Não teremos o direito de reclamar da natureza do Homem, achando que a vida é curta, se nós mesmos subtraímos parte dela com nossos exageros, como por exemplo, nos “encharcando com álcool”, saciando nossa ganância, trabalhando com e para o supérfluo ou, ainda, cuidando da vida alheia, sem cuidar da nossa própria.
O segredo de uma vida saudável é encontrar o equilíbrio e a paz de espírito. Equilíbrio entre o dinheiro, o sagrado e a saúde, e, paz de espírito para não nos deixemos abalar pelo pensamento coletivo e as ideologias da sociedade contemporânea que, em verdade, conhece melhor a causa de seus males do que seus antepassados mais rudes e menos instruídos. Porém, observando como estamos vivendo, talvez, estejamos iguais ou piores que eles na prática da sã moral e da espiritualidade no dia a dia.
“Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte.” – Sêneca