Consciência Negra: turbante é símbolo de resistência cultural; saiba fazer
A apresentadora da previsão do tempo da RICTV, Luciana Pioto, mostra como fazer amarração de turbante
*Por Luciana Pioto
Dia da Consciência Negra é dia de lembrar da morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, e da luta negra desde o período da escravidão até os dias atuais.
Uma palavra que bem define esta luta no Brasil é “resistência”. Ora com sutileza, ora com rebeldia… Ora com inteligência, ora com força… Foi preciso resistência para a reconquista do direitos civis e para poder dar continuidade à cultura africana, subjugada pela cultura europeia.
Hoje, quero falar um pouquinho sobre um elemento de resistência sutil, mas poderoso: o turbante. Muito mais do que um simples acessório de moda, ele é um símbolo cultural, que remete à ancestralidade de povos asiáticos e africanos e está relacionado, principalmente, à religiosidade desses povos. No Brasil, o uso do adorno foi introduzido pelos negros escravizados e hoje está na cabeça de muitos negros e negras e também de não-negros.
Sem entrar na polêmica de apropriação cultural (que é o uso do turbante sem conexão ou respeito com origem e significado do mesmo), gostaria de aproveitar a data para compartilhar com vocês uma das maneiras de usar este adorno que me ajudou no despertar da consciência negra e no resgate da minha ancestralidade.
Aviso que, com o turbante na cabeça, você não passará despercebida. Haverá quem elogie, mas também quem arregale os olhos em tom de desaprovação e quem ria de você. Mas quem liga? Resistir é preciso!
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