Cadência da chuva
Paro onde estiver e te invoco em meus sonhos, pois é fantasia.
Pelos caminhos de pedras de uma cidade histórica, você anda.
Por vezes, voa por sobre os trigais aqui do Sul como anjo.
Vai ao encontro do sol em uma manhã de inverno de céu límpido.
O vento te impulsiona ao infinito e eu te acompanho com olhar fito.
Basta que eu feche meus olhos para que venha e se torne um poema.
Eu preciso da tua essência que é divina e irradia a luz mais perfeita.
Vou contigo nas asas imaginária da loucura e me sinto muitos outros.
Em minha insanidade, ouço teu coração pulsando na cadência da chuva.
Estamos em tempos diferentes, mas há magia nesta desconexão.
Vou te esperar para depois da dobra do infinito. Estarei lá, sorrindo!
Carrego comigo mil lembranças de um dia único, um dia de sonhos.
Estou à tua espera desde o tempo em que era apenas uma célula.
Venço todos os dias a corrida do pensamento para te sentir como brisa.
E você vem, e você dança na rua da cidade histórica, sobre os trigais…
Aprendi a te buscar nas horas mortas, pois me dá a vida plena.
Meu coração dita o tom dos meus passos nas batidas. Você pulsa!
É parte de mim nesta vida e em todas as outras existentes ou criadas.
Nesta curva invisível, eu paro e te espero. Somos o tempo, somos um.
Aqui estou e te vejo dançando… Sorri e viaja, tem leveza. Voa!
Jossan Karsten