Cervejaria curitibana lança opção com aroma de café e chocolate
A cada ano percebemos que o número de microcervejarias cresce de maneira exponencial, em todo país. A cada ida ao mercado na sessão das cervejas, percebemos uma marca ou um rótulo novo chamando atenção. Em curitiba, não é diferente, pois já se consagra como uma referência emergente no setor cervejeiro, atendendo a todos os consumidores apaixonados e apreciadores de um puro malte, não só no estado, mas em boa parte do país e mundo afora.
E você sabia que o Paraná abriga uma das cervejarias mais antigas do Brasil? A Cervejaria Cruzeiro foi a primeira do estado, construída por volta de 1870, junto ao Grande Hotel, na região central – um dos primeiros construídos na cidade – quando a produção cresceu, mudaram as instalações da fábrica para um bosque, no coração do bairro Batel. Há exatos 151 anos, os austríacos de Tirol, João e Jorge Leitner deram um pontapé inicial às produções de cervejas especiais para servirem aos seus hóspedes.
As produções aumentaram quando a comunidade germânica da época descobriu e também passou a frequentar o hotel para a consumir a bebida naquele local. Os Leitner começaram a servir uma cerveja de cor clara e, com o passar do tempo, as cervejas foram evoluindo e outros rótulos também foram lançados. Hoje, a cervejaria é conduzida pelo bisneto de João Leitner, o empresário Beto Glaser.
Há dois anos, foi recuperada uma das joias mais preciosas da família, a receita da Cruzeiro Keller, de cor clara, a mesma que seu bisavô fabricava naquela época. E há pouco tempo, encontraram os manuscritos da cerveja München: a cerveja lager preta, bem escura, estilo Munich Dunkel, com 5% de álcool (ABV) e 30% de amargor (IBU). Por ser uma cerveja puramente curitibana, ela tem se destacado muito bem e caído no gosto do público cervejeiro.
Beto Glaser conta que fica surpreso com os curiosos que chegam na Cervejaria Curitibana e pedem uma receita genuinamente Cruzeiro.
“Nós fabricamos e vendemos exclusivamente a Cerveja Cruzeiro no nosso ponto. Todos que chegam perguntam, querem provar o mais novo lançamento das nossas cervejas. Percebo que a aceitação da galera é positiva quando experimentam um copo, pedem o segundo, terceiro e por aí vai. A cerveja está em processo limitado de fabricação, mas a ideia é tê-la com mais frequência e disponibilidade”,
explica Glaser.
Todas as receitas da Cruzeiro foram escritas à mão e em alemão por João Leitner. Elas estão sendo reorganizadas e traduzidas para que passem pelo processo de fabricação o mais similar possível como naquele tempo.
“A ideia é reproduzir nos mesmos moldes. A cerveja é maturada com carvalho, nas mesmas condições de temperatura da época de sua fabricação original, fermentação e mesmo assim, alguns ingredientes, tiveram que passar por uma alteração”,
ressalta o empresário.
As readequações foram necessárias, pois alguns insumos originais são totalmente diferentes de hoje em dia. “Dificilmente iria encontrar esses insumos, por isso pedi uma ajuda ao mestre cervejeiro da Babuína e Solo Um, o Lucas Gonçalves. A receita passou por uma reformulação, onde conseguimos introduzir os ingredientes mais similares possíveis para não perder as características que reajam bem às temperaturas e preserve o sabor da Cruzeiro München”, concluiu Beto.
A cerveja Cruzeiro München tem aroma de café e chocolate, corpo médio, espuma densa, sendo ideal para acompanhar com uma torta de chocolate amargo e sobremesas. É indicada para harmonizar com pratos que tenham molhos mais consistentes e densos, e as carnes assadas também são sempre bem vindas.