Simepar prevê inverno seco, frio e com geadas e nevoeiros no PR; confira
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) prevê que em 2022 o inverno paranaense será seco e frio, com as tradicionais geadas e nevoeiros. Além disso, o fenômeno La Niña deve permanecer, com intensidade oscilando entre fraca e moderada e probabilidade de 50%. A estação começa às 6h14 desta terça-feira (21) e termina em 22 de setembro às 22h04.
Segundo o meteorologista do Simepar Reinaldo Kneib, a expectativa é de ingresso frequente de massas de ar frio e seco, associadas ao deslocamento de frentes frias pelo Sul do país.
Também são esperados alguns veranicos – períodos de tempo seco e quente –, mais comuns a partir da segunda quinzena de agosto.
O cenário climático ainda sugere que o volume de chuva ficará entre próximo e abaixo da normalidade. “Nesta época do ano, os eventos de chuva são associados à passagem de frentes frias, geralmente com baixos volumes”, explica o meteorologista.
A temperatura média deve seguir o padrão típico da estação, com episódios de frio intenso por vários dias seguidos. Temperaturas negativas e geadas amplas podem ocorrer nas regiões Sul, Sudoeste, Central, Campos Gerais e em alguns pontos do Oeste e da Região Metropolitana de Curitiba, conforme o Simepar.
Primeiro dia do inverno
Segundo a previsão do Simepar, o primeiro dia da estação amanhecerá com temperaturas amenas e formação de algumas nuvens entre o Centro-Sul, os Campos Gerais, a Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral.
Pela tarde, o sol predomina na maior parte do Estado, com mínima condição para chuvas rápidas no Sul. O tempo fica quente entre o Oeste, o Noroeste e o Norte Pioneiro. A temperatura mínima prevista é de 10ºC em União da Vitória e máxima deve atingir 30ºC em Paranavaí.
Alerta para agricultores
A agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Heverly Morais, alerta os agricultores sobre os cuidados com as plantações. Segundo ela, a colheita da maior parte do milho segunda safra pode ter perda de produtividade devido a fatores como a má distribuição das chuvas ao longo do ciclo da cultura, geadas em lavouras suscetíveis, baixa luminosidade e ataque de pragas.
A produtividade do café deve ficar abaixo da normalidade em função da grande quantidade de grãos miúdos em consequência das altas temperaturas e da seca durante o verão. Espera-se o desenvolvimento normal dos cereais de inverno, como trigo, aveia e cevada, favorecido pelas condições meteorológicas.
“A única preocupação é com eventuais geadas nas fases de florescimento e espigamento das lavouras”,
afirma.
Em caso de geada prevista, o IDR orienta os agricultores a adotarem medidas para prevenir ou reduzir danos às culturas sensíveis a baixas temperaturas. Recomenda-se o cuidado com as lavouras de café de até dois anos, hortaliças, mudas de frutíferas tropicais recém-plantadas e viveiros de plantas sensíveis. Entre as opções de proteção aplicáveis, conforme a cultura, estão aquecimento, irrigação e cobertura das mudas. As granjas de aves e suínos devem ser aquecidas.