Desastres climáticos nos EUA tiveram a 3ª conta mais cara em 2022
A ocorrência de 18 desastres meteorológicos e climáticos isolados nos Estados Unidos no ano passado superou 1 bilhão de dólares cada em perdas, tornando 2022 o terceiro ano mais caro ao longo de mais de quatro décadas, mostrou um relatório do governo federal norte-americano nesta terça-feira (10).
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O ano passado também marcou a terceira maior contagem de desastres de todos os tempos, disse o relatório Avaliando o Clima dos EUA em 2022, do Centro Nacional de Informações Ambientais.
Os centros contaram seis tempestades severas, três ciclones tropicais, três eventos de granizo, dois tornados e uma temporada de seca, uma inundação, uma tempestade de inverno e incêndios florestais em 2022, resultando na morte de 474 pessoas.
O furacão Ian, que devastou áreas da Flórida em setembro, foi considerado o terceiro furacão mais caro dos Estados Unidos em 43 anos, custando 112,9 bilhões de dólares, enquanto a seca e a onda de calor no oeste/centro também foram das mais caras já registradas, totalizando 22,2 bilhões.
Em todo o mundo, três dos desastres mais caros da década, incluindo o furacão Ian, ocorreram em 2022.
“Há muitas histórias de sucesso em 2022 que devem ser destacadas. Mesmo com Ian, vimos as regras de construção funcionarem em algumas das áreas mais atingidas, mas os danos causados pela água ainda são um ponto problemático”, disse Andrew Siffert, vice-presidente sênior de análises de catástrofes na corretora de resseguros BMS Group.
“Outra área de notícias positivas foi a temporada de incêndios florestais na Califórnia, que teve perdas mínimas e relativamente poucos grandes incêndios causando perdas seguradas. A chuva atual é uma boa notícia de curto prazo, mas sem dúvida aumentará o risco futuro de incêndios florestais com um bom crescimento de combustível assim que as chuvas pararem. “, acrescentou Siffert.
Na conferência climática COP27 da ONU no Egito, os países chegaram a um acordo histórico sobre um fundo de Perdas e Danos para ajudar os países mais pobres a lidar com os custos dos desastres climáticos, mas ainda não há detalhes sobre o tamanho do fundo.
Em 2023, os países planejam se reunir novamente na próxima cúpula climática da ONU, COP28, em Dubai, sob pressão extra para manter o aquecimento global em 1,5 grau Celsius.
(Reportagem de Seher Dareen e Deep Vakil em Bengaluru)