Caçadora de Raios flagra nuvens raras de "água-viva" no Paraná; veja fotos
A fotógrafa Fernanda Skalisz, conhecida como a Caçadora de Raios do Paraná, flagrou nuvens raras chamadas de “água-viva”, na cidade de Rio Azul, no Sul do estado, a cerca de 187km de Curitiba. Fernanda registrou o fenômeno nos últimos dias e compartilhou as imagens exclusivas com o Grupo RIC.
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De acordo com o MetSul, as nuvens “água-viva” são conhecidas em Inglês como jellyfish clouds e podem se formar a partir de nuvens Cirrostratus, Altocumulus ou Cumulus, mas a cúpula curva e os delicados tentáculos inspiram a imaginação dos experts em nebulosidade de todos os lugares que as associam às medusas, água-vivas ou caravelas do mar.
Veja as fotos das nuvens “água-viva” no Paraná:
Nuvens raras no Paraná
“Nuvens Altocumulus se desenvolvem na camada intermediária da troposfera, cerca de 3.000 a 6.000 metros acima do solo. Elas têm uma forma ondulada e se parecem com lã de ovelha. Quando o ar quente e úmido sobe, o vapor de água invisível eventualmente esfria e se condensa em minúsculas gotículas de água em partículas chamadas núcleos de condensação. À medida que o processo continua, gotículas de água se acumulam para cima, criando montes visíveis no céu, conhecidos por nós como nuvens brancas e fofas”, explicou o Metsul.
“No entanto, no caso de nuvens de água-viva baseadas em Cumulus e Altocumulus, o ar quente encontra uma área de ar muito mais seco, o que faz com que a umidade evapore a uma taxa mais rápida do que pode condensar. Essencialmente, a nuvem vaporiza a esta altura da atmosfera, impedindo assim o crescimento da nuvem e produzindo a nuvem de água-viva”, descreveu o instituto.
Ainda segundo o MetSul, ao mesmo tempo, gotículas de água dentro da nuvem estão se tornando pesadas demais para permanecerem suspensas no ar. À medida que a gravidade puxa as gotas de água em direção ao solo, elas encontram outra camada de ar seco e evaporam antes que possam atingir a superfície da Terra, formando o que se denomina de virga, os dendritos da nuvem. O mesmo processo ocorre nos Cirrostratus.
“Mudanças na direção do vento em vários níveis da atmosfera podem “esticar” as formações de cristais de gelo e causar a aparência de água-viva. Nuvens de água-viva se desenvolvem durante dias de bom tempo, quando há umidade suficiente no ar para produzir nuvens, mas não o suficiente para que elas cresçam ou produzam chuva”, finalizou o instituto. O mesmo fenômeno foi flagrado em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em setembro deste ano.