Café arábica e robusta atingem máximas de 10 anos na ICE, com oferta restrita
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica e robusta subiram para máximas de 10 anos nesta segunda-feira na ICE, sustentados por gargalos de embarque e perspectivas de produção mais baixa.
CAFÉ
* O café arábica para março fechou em alta de 2,6% a 2,4985 dólares por libra-peso, após subir anteriormente para 2,5085 dólares, a máxima desde outubro de 2011.
* O café robusta para janeiro subiu 1,4% para 2.420 dólares a tonelada, tendo anteriormente atingido 2.437 dólares, a máxima desde agosto de 2011.
* Operadores disseram que as dificuldades de embarque restringiram o fornecimento de café nos Estados Unidos e na Europa, enquanto o clima adverso no Brasil no início deste ano afetou as perspectivas para a safra do próximo ano no maior exportador mundial.
* “Não há ninguém vendendo, seja no mercado futuro ou no físico”, disse um corretor de café.
* Os embarques brasileiros foram menores em mais de 100 mil toneladas em novembro, de acordo com o governo. A associação de exportadores Cecafé divulgará novos dados na sexta-feira.
* As chuvas, por sua vez, interromperam a colheita no principal produtor de robusta, o Vietnã, enquanto a pandemia de Covid-19 contribuiu para a escassez de colhedores.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para março subiu 2,1% para 19,16 centavos de dólar por libra-peso, visto que o mercado continuou sendo liderado por uma tendência de energia e mercados financeiros mais amplos.
* Operadores disseram que o mercado estava recuperando terreno depois que a preocupação com a nova variante da Covid-19 na semana passada desencadeou a venda de fundos de muitas commodities, incluindo o açúcar bruto.
* Não se espera, entretanto, que a variante tenha muito impacto direto sobre a oferta ou demanda de açúcar.
* “Não temos conhecimento de como a nova variante pode afetar o açúcar, mas duvido que afetará as cadeias de abastecimento ou o consumo”, disse a corretora Marex em nota.
* O açúcar branco para março avançou 2% para 496,60 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)