Café arábica cai 3% na ICE com realização de lucros
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam em queda de mais de 3% nesta sexta-feira, para uma mínima da semana, estendendo a retração do mercado desde um pico de 10 anos atingido no início desta semana.
CAFÉ
* O café arábica para março fechou em queda de 3,1% a 2,3260 dólares por libra-peso. Na terça-feira, a commodity atingiu a máxima de 10 anos de 2,5235 dólares.
* Operadores disseram que a realização de lucros por especuladores chegou ao mercado após a alta nos preços desta semana, que foi alimentada em parte por gargalos no transporte marítimo.
* Alguns analistas acreditam que os preços podem cair se os problemas de logística diminuírem.
* “À medida que entramos em 2022, esperamos que os problemas da cadeia de oferta melhorem gradualmente, o que deve colocar menos pressão ascendente sobre o mercado de café”, disse o ING em um relatório na sexta-feira, prevendo um preço médio de 1,95 dólar por libra em 2022.
* As exportações brasileiras de café caíram 41% em novembro, disse a associação de exportadores Cecafé, devido a obstáculos no transporte e menor safra de 2021.
* O café robusta para março caiu 0,6% para 2.291 dólares a tonelada, após também atingir máxima de 10 anos na terça-feira, de 2.334 dólares.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para março obteve pouca alteração a 19,71 centavos de dólar por libra-peso.
* O analista do Commonwealth Bank of Australia, Tobin Gorey disse que as usinas no Brasil, algumas das quais podem alternar entre o uso da cana-de-açúcar para produzir biocombustível, etanol ou açúcar, protegeram uma proporção menor da produção do que na mesma fase um ano atrás.
* “O nível de ‘hedge’ mais baixo é em parte um sinal de que as usinas brasileiras ainda estão relutantes em se comprometer com o açúcar em vez do etanol”, afirmou ele, em uma atualização de mercado, uma vez que os preços da energia continuam altos e as perspectivas para os preços dos combustíveis no próximo ano são positivas.
* O açúcar branco para março subiu 0,13% para 511,40 dólares a tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt)