Açúcar toca mínima de 4 meses na ICE, com receios da variante Ômicron

Publicado em 2 dez 2021, às 17h58. Atualizado às 18h22.

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE atingiram sua mínima em quatro meses nesta quinta-feira, antes de se recuperar para fechar com pouca alteração, já que persistiam os temores de que a variante do coronavírus Ômicron poderia prejudicar a recuperação econômica global. [MKTS/GLOB] [O/R] [FRX/]

Em contraste, os preços do café subiram um pouco à medida que os pedidos em atraso de transporte de contêineres continuam, mantendo a oferta apertada.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto para março fechou em alta de 0,2% a 18,62 centavos de dólar por libra-peso, após atingir a mínima desde agosto de 18,46 centavos de dólar.

* Operadores disseram que o açúcar não deve subir apesar dos fundamentos positivos, porque o mercado continua fixado pela variante Ômicron e tem semanas de espera antes do surgimento de dados sobre a escala da ameaça que ela representa para a saúde global.

* As usinas de açúcar indianas produziram 4,72 milhões de toneladas de açúcar em outubro e novembro, quase 10% a mais do que há um ano, disse uma organização.

* O maior produtor, Brasil, exportou 2,67 milhões de toneladas de açúcar em novembro, contra 2,9 milhões de toneladas no mesmo mês do ano passado, mostram os dados.

* O açúcar branco para março ganhou 0,1% a 484,70 dólares a tonelada, tendo tocado a mínima em dois meses e meio a 482,50 dólares.

CAFÉ

* O café arábica para março fechou em alta 1,4% a 2,3660 dólares por libra-peso.

* O maior produtor, Brasil, exportou apenas 175.104 toneladas de café verde em novembro, contra 275.841 toneladas um ano antes, mostraram os dados.

* Cooxupé, a maior cooperativa de café do Brasil, cortou suas estimativas de exportação devido a gargalos no transporte.

* O café robusta para janeiro subiu 0,9% para 2.335 dólares a tonelada, tendo fechado em alta de 2,3% na quarta-feira.

* O mercado de robusta e de arábica continua bem sustentado pela escassez de transporte de contêineres e altas taxas de frete que estão levando os consumidores a mergulhar nos estoques para obter oferta.

* As fortes chuvas provocaram inundações e deslizamentos de terra no principal produtor de robusta do Vietnã. As cidades litorâneas de Phu Yen, Binh Dinh e a principal província cafeeira do Vietnã, Dak Lak, foram as mais atingidas.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

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