O ex-campeão de boxe argentino Juan Domingo “Martillo” Roldán, três vezes desafiante ao título mundial dos pesos-médios enfrentando grandes lutadores de sua época, morreu nesta quarta-feira, vítima de covid-19, aos 63 anos, informaram fontes médicas.
Ídolo dos fãs por seu carisma e soco poderoso, ele foi derrotado em 1984 pelo inesquecível Marvin Hagler. Em 1987 perdeu para Tommy Hearns e em 1988 para Michael Nunn, mas em todas as lutas ele mostrou seu estilo elegante.
Roldán chegou ao topo em 1983, quando nocauteou Frank Fletcher com sua mão direita no sexto round da luta no Caesars Palace, em Las Vegas. Naquela ocasião memorável para o boxe argentino, o oponente ficou deitado na lona durante intermináveis minutos enquanto Roldán era aplaudido de pé. Sua vitória o colocou entre os principais pesos-médios da época, e sua atitude, técnica e poderoso gancho de direita faziam vibrar os apaixonados fãs argentinos do boxe.
O boxeador estava internado em Córdoba, sua província natal, por causa de uma pneumonia que se complicou devido a outras doenças pré-existentes. Ele havia sido hospitalizado na última quinta-feira e continuava na UTI do hospital Iturraspe, em San Francisco.
“Martillo”, lenda do boxe argentino dos anos 1980, sagrou-se campeão em seu país natal na categoria dos médios em 1981 e depois conquistou o título sul-americano. De suas 75 lutas como profissional na categoria peso médio, venceu 67 (47 por nocaute), perdeu 5 (4 por nocaute), empatou duas e uma ficou sem decisão.
Filho de uma humilde família de produtores de leite de Santa Fé, Roldán entrou no ringue ainda adolescente para se tornar uma lenda da época de ouro do boxe argentino.