O Campeonato Paulista é a única competição em que o Corinthians está envolvido no momento e o torneio foi paralisado por tempo indeterminado por conta do coronavírus. Aliás, a possibilidade do Estadual não terminar é real.
A situação é dramática em todo o país e em boa parte do mundo, mesmo dentro do clube alvinegro já há suspeitas de contaminação e a preocupação agora está voltada apenas ao combate da pandemia.
O Corinthians, no entanto, pode acabar se beneficiando com a situação. Entenda:
Reforços de fora
A pausa vai dar mais tempo e tranquilidade para os dirigentes buscarem por reforços. Tiago Nunes pediu e o diretor Duílio Monteiro Alves segue no mercado.
As prioridades estão no setor ofensivo. O treinador gostaria de ter pelo menos mais duas opções. Uma para a ponta, de velocidade, e outra para a criação, em uma ideia de jogar ao lado de Luan no meio de campo.
Reforços caseiros
Assim que tudo se normalizar, a tendência é que Tiago Nunes já tenha à disposição Ramiro, que começou a temporada como titular e está afastado desde a terceira rodada do Paulistão devido a uma lesão no joelho, e Léo Santos, zagueiro que está em fase final da recuperação de uma cirurgia no joelho.
Jogadores como Yony González, Sidcley e Éderson, que chegaram ao clube em condições físicas inferiores aos demais, também terão a oportunidade de ‘zerar’ esse déficit e uma vez por todas.
Nova fase
O Corinthians não vence há seis rodadas, tem levado gols em todos os jogos e sofrido com a pontaria na frente. Líderes do grupo, como Cássio, Vagner Love e Boselli têm falhado em suas funções.
Tiago Nunes terá tempo para reavaliar o trabalho, as escolhas, os planos táticos e encontrar uma maneira mais eficaz para a equipe conseguir os resultados.
Alívio para o técnico
Por mais que a diretoria banque Tiago Nunes, o técnico está pressionado. Os resultados são catastróficos e nem mesmo o desempenho em campo tem agradado. Quis o destino que a competição fosse paralisada justamente antes de um enfrentamento com o Palmeiras, na Arena de Itaquera. Um clássico mal-sucedido poderia tornar a pressão sobre o técnico insustentável.
E se acabar?
Se o Paulistão realmente nem terminar, para o Corinthians a situação viria a calhar. A possibilidade de classificação às quartas de final é mínima, quase impossível. E ainda há risco de rebaixamento. Fora tudo isso, como a chance de um rival ficar com a taça é grande, ninguém no clube lamentaria muito o cancelamento da atual edição do Estadual.