Com ameaças, organizada do Cruzeiro faz protesto em frente de sede administrativa

Publicado em 9 set 2019, às 00h00.

A goleada sofrida diante do Grêmio no domingo, em Belo Horizonte, segue trazendo dores de cabeça para o Cruzeiro. Após ouvir vaias e críticas de parte da torcida ainda no dia do jogo, o time mineiro foi alvo de um protesto de uma organizada na tarde desta segunda-feira, com direito a ameaças.

Cerca de 20 torcedores da Máfia Azul se reuniram diante da sede administrativa do clube, no bairro Barro Preto, com faixas e cartazes, além de gritos contra os principais dirigentes do Cruzeiro. O maior alvo individual foi o vice-presidente de futebol, Itair Machado.

As faixas continham críticas, reclamações quanto ao desempenho e dedicação do elenco e até ameaças: “O Cruzeiro vai sair dessa! Nem que tenha que morrer alguém”; “Ronda vai passar nos jogadores baladeiros e acomodados” e “Devolvam o nosso Cruzeiro”. Um dos gritos atacava Itair: “A que bom seria, se o Itair voltasse pro Ipatinga”. Policiais acompanharam o protesto pacífico, que não contou com nenhum tumulto.

As críticas e reclamações mais exaltadas ao time começaram ainda durante a partida deste domingo. Torcedores presentes no estádio Independência jogaram pipoca sobre os jogadores no banco de reservas do Cruzeiro e não pouparam xingamentos e vaias diante da derrota por 4 a 1.

Ao fim do jogo, o clima não melhorou na entrevista coletiva concedida por Rogério Ceni. O treinador disse ter ficado “envergonhado” pela postura exibida pela equipe ao longo da partida. “Estou envergonhado. Preferia não estar aqui, venho por educação. Lamento a situação vivida hoje e na Copa do Brasil. Temos que fazer diferente. Mesmo que a gente apanhe, nos próximos jogos, a atitude vai ter que ser diferente”, comentou.

A dura derrota, em partida em que atuou como mandante, deixou o Cruzeiro na beira da zona de rebaixamento, com 18 pontos, apenas três acima do Fluminense, primeiro time dentro da zona da degola.