A Seleção Brasileira é o sonho de qualquer jogador de futebol. Com Willian Arão não é diferente. O volante, e agora também zagueiro, tem uma longa trajetória no Flamengo. Com mais de 300 jogos com a camisa rubro-negra, o paulistano é ídolo da torcida.

Porém, se atualmente tem uma posição de destaque no elenco, ele já viveu momentos difíceis. Acostumado a conviver com as críticas, Arão lembra do apoio que recebeu dos técnicos Abel Braga e Jorge Jesus, em 2019.

“Abel teve um papel muito importante, porque chegou num momento em que muitas pessoas duvidavam de mim. Ele confiou muito no meu trabalho, disse que eu seria titular. Me deu muita confiança e liberdade para desempenhar meu papel, que naquela altura era de segundo volante”, afirmou Arão ao Sportv.

O volante chegou ao Flamengo para a temporada de 2016, após uma saída polêmica do Botafogo. No Rubro-Negro, viveu uma relação de amor e ódio com a torcida. Foi bem em 2017 e chegou à Seleção Brasileira, mas, no ano seguinte, caiu de rendimento e foi para a reserva. Com a chegada de Abel, contudo, voltou ao time e lá está até hoje.

Abel deixou o Flamengo no meio de 2019 e Jorge Jesus assumiu o comando. Então, sob a batuta do “Mister”, Arão teve sua melhor fase na carreira como titular absoluto do time campeão da Série A e da Copa Libertadores.

“Depois veio o ‘Mister’ e me deu uma outra função, de primeiro volante, mais organização de time, digamos assim. Mais funções táticas e defensivas, e me explicou muita coisa. Abriu os olhos para explicar o jogo de uma maneira que, até então, eu não tinha enxergado. Essa mistura foi muito boa para mim, agradeço muito aos dois. Abel é paizão, Mister não tenho o que falar”, prosseguiu.

Aos 29 anos, Arão ainda sonha em voltar à Seleção Brasileira. Em 2017, o técnico Tite o chamou para participar de um duelo amistoso contra a Colômbia, o “Jogo da Amizade”, ao lado de outros jogadores que atuavam no Brasil.

“Nas duas funções, tenho condição de representar a Seleção. Em 2019, metade do time do Flamengo, se não todo, poderia ter ido para a Seleção. Estávamos vivendo um momento ótimo. Na Europa, é normal irem oito jogadores do Real Madrid, do Barcelona, para a seleção da Espanha”, pontuou.

“No Brasil, talvez seja impossível convocar seis ou sete do mesmo time. Estamos disputando um campeonato de altíssimo nível. Não é porque o jogador está na Europa que tem vantagem. Às vezes, para nossos jogadores, parece que sim”, finalizou.

Nos últimos meses, Arão passou a atuar como zagueiro por opção do técnico Rogério Ceni e segue como titular no Flamengo.