Santos tem pessoa próxima a Ricardo Oliveira, mas não possui pressa por possível retorno

Publicado em 3 jul 2020, às 07h00.

O Santos cogita o retorno de Ricardo Oliveira e monitora a situação dele no Atlético-MG, mas não tem pressa para negociar com o atacante.

Oliveira precisa se desvincular do Galo. Fora dos planos do técnico Jorge Sampaoli, ele tem contrato até dezembro e conversa sobre a rescisão.

O jogador de 40 anos tem um bom dinheiro a receber de atraso salarial e direitos de imagem – são três folhas na CLT e duas imagens vencidas.

Ricardo Oliveira foi até Belo Horizonte na semana passada para resolver assuntos pessoais e falou com o Atlético-MG, porém, não houve acerto e o papo continua à distância via advogado. O Galo ofereceu parcelamento em três anos e ouviu “não” como resposta.

Oliveira e seus familiares priorizam a permanência no futebol brasileiro. Ele não descarta jogar no exterior, porém, não gostaria de grandes mudanças neste momento.

Ricardo Oliveira vive imbróglio no Atlético-MG (Foto: Divulgação/Pedro Souza)

Peixe de olho

José Bruno Carbone, um dos membros do Comitê de Gestão, mora em Alphaville e próximo do condomínio do Ricardo Oliveira. Eles já conversaram sobre a possibilidade da terceira passagem do atacante pela Vila Belmiro.

O Santos aguarda pela saída de Oliveira para ver a possibilidade de contratá-lo. O Peixe não quer pagar um alto salário e cogita acordo de produtividade.

O Alvinegro é favorito no Brasil por conta do carinho de Ricardo Oliveira pelo clube e a vontade de se aposentar na Baixada Santista.

O Santos vê Oliveira como jogador capaz de atuar em alto nível e ajudar os mais jovens, mas não tem capacidade financeira para arcar com salário nem próximo ao recebido em Belo Horizonte.

O Athletico-PR fez sondagem recente a Ricardo Oliveira, porém, não houve contato recente. O Artilheiro não tem mais empresário e conta com a ajuda de um amigo, Neto Valery, e de um advogado. Ele mantém a forma numa academia própria.

Entrave na Fifa

O Santos fez três acordos, mas ainda precisa resolver o principal deles: a dívida com o Hamburgo, da Alemanha, pela contratação de Cleber Reis em 2017.

O Peixe acertou a contratação por 2 milhões de euros (R$ 7,3 mi, à época). E não pagou. O débito foi acrescido de multa e juros e ultrapassou 4 milhões de euros (R$ 24 mi, na cotação atual).

O Hamburgo foi à Fifa e conseguiu bloquear o Alvinegro de registrar novos jogadores até pagar essa dívida, que aumenta diariamente.

O Santos tem dinheiro da Sampdoria por Kaique Rocha a receber, além do mecanismo de solidariedade de Gabigol no Flamengo, e cotas em patrocínio. A expectativa é pagar pelo menos parte dessa “bola de neve” para comprovar a boa fé ao Hamburgo, assinar acordo e acabar com o transfer ban.

Vale lembrar que o Peixe ainda deve ao Atlético Nacional (COL) por Felipe Aguilar e ao Huachipato (CHI) por Yeferson Soteldo.