O Santos do técnico Fábio Carille corrigiu um problema antigo: a bola aérea.

Essa foi uma das maiores preocupações de Carille na chegada ao Peixe: o time sofria muitos gols e era pouco efetivo no ataque.

Com treinamentos e mudanças na escalação, o Alvinegro melhorou. A equipe não sofre um gol pelo alto há 10 jogos. O último foi na derrota por 2 a 0 para o América-MG, em 23 de outubro, quando João Paulo saiu mal do gol e Alê aproveitou o rebote.

“É muito trabalho e também a característica dos jogadores. Sabemos que bola parada ganha campeonato. Posso falar de muitos times que ganharam títulos pela bola parada, pela imposição, pelo jogo de disputa. E, realmente, o Santos estava tendo uma dificuldade muito grande até corrigirmos”, disse Carille, em entrevista coletiva.

Dois pontos fundamentais foram a sequência para o zagueiro Luiz Felipe e o meio-campista Vinicius Zanocelo. Luiz é quem organiza a marcação e Zanocelo fica no primeiro pau. Com eles, o Santos passou a sofrer menos.

E no ataque, o Peixe também evoluiu. Desde o América-MG, os santistas fizeram três gols com a origem em cruzamentos: dois de cabeça de Madson contra Fluminense e Athletico e um de Marcos Leonardo, diante do Internacional, após desvio de Danilo Boza em escanteio.

Mais seguro no esquema com três zagueiros e sem deficiência no jogo aéreo, o Santos tem a melhor defesa do segundo turno do Campeonato Brasileiro, com 14 gols sofridos em 18 jogos. O Peixe se livrou do rebaixamento, pulou para a 11ª colocação e agora sonha com a Pré-Libertadores.

A última rodada será contra o Cuiabá nesta quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Vila Belmiro. O Santos precisa vencer e torcer por três tropeços entre quatro times para ser sétimo ou oitavo: Ceará, América-MG, Atlético-GO e Fluminense.