O desabafo de Rafinha após o Flamengo desistir de sua contratação continuou repercutindo nesta terça-feira. Nesta segunda, o lateral-direito negou a justificativa financeira apresentada pelo clube e apontou questões políticas internas como a verdadeira causa. Citado nominalmente pelo jogador, o VP de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, deu sua versão.
Segundo o dirigente, existe uma tentativa de provocar divisões internas em ano eleitoral. O mandato do presidente Rodolfo Landim termina em dezembro deste ano. Bap, portanto, reiterou que a não contratação de Rafinha se deu por questões financeiras.
“Esportivamente, o Rafinha é uma unanimidade dentro do Flamengo. Quem é que pode, se não houver uma limitação financeira, não querer um jogador como o Rafinha? Seguramente, o que o Rafinha entende que é a razão para não vir ao Flamengo agora não corresponde à realidade”, afirmou BAP em entrevista ao canal Debate Rubro-negro, no YouTube.
“Essa tentativa de se criar uma narrativa diferente visa esconder a realidade. A pandemia afetou de maneira dramática, já é uma realidade. Fizemos o orçamento com premissas desafiadoras, todos no clube sabem. Não podemos assumir novos compromissos”, completou.
Landim já se declarou candidato à reeleição e conta com o apoio de vários grupos políticos. Mas há correntes contrárias ao atual presidente, inclusive o grupo ligado ao ex-presidente Márcio Braga.
“Isso acontece mais em anos eleitorais, e eu lido com naturalidade. É um jogo político pesado, e tenta-se atacar os pilares da gestão. Não me envolvi no Flamengo para fazer amigos, estou lá para servir ao Flamengo. Quem está dentro do clube, sabe quem é quem”, disse Bap.
Alheio aos problemas dos bastidores, o elenco do Flamengo segue se preparando para o clássico desta quarta-feira diante do Botafogo. Os rivais se enfrentarão pela quinta rodada do Campeonato Carioca, às 21h35, no Nilton Santos.