O Corinthians chegou ao quinto jogo consecutivo sem vitória neste sábado, após o empate em 1 a 1 com o Novorizontino, em Novo Horizonte, pela nona rodada do Campeonato Paulista. Pressionado pela falta de resultados positivos, o Tiago Nunes vem tendo de lidar com cada vez mais questionamentos, no entanto, garante que o elenco está comprometido com o seu trabalho.
“A gente conversa com os jogadores para compartilharem tudo, as cobranças e os acertos. Externamente, a gente vive em um teatro, parece que a gente vem aqui interpretar. Se a gente fosse líder, o empate seria um bom resultado. A gente sabe que a obrigação era a vitória. O discurso muda muito rápido no futebol, às vezes muda em 45 minutos. Meu foco é no próximo jogo e eu estou fechado com o grupo, que também está fechado comigo. Eles têm sido muito fiéis comigo”, afirmou Tiago Nunes.
Sem Yony González, Ramiro e Pedinho, que viajou a Portugal para resolver os últimos detalhes de sua transferência ao Benfica, Tiago Nunes foi a campo com o que tinha, testando Janderson e Everaldo juntos pela primeira vez. Mas, o que se viu ao longo dos 90 minutos foi uma grande dificuldade de criar boas oportunidades de gol.
“O futebol é compatível à característica que o jogo se ofertou, jogo de primeira, segunda bola, gramado infelizmente em péssimas condições. Não sei o que a Federação fala sobre molhar o gramado, [sem molhar] o jogo fica lento, e o time que quer ser técnico acaba tendo problemas. A gente precisa vencer, torcedor espera vitória, mas temos que levar em consideração que o Novorizontino é um time com uma das maiores pontuações, parece que jogamos contra uma equipe desprezível. Isso não é verdade. Mas, se tratando de Corinthians, temos que vencer sempre e melhorar a capacidade individual de entender o jogo”, prosseguiu.
Por fim, o comandante alvinegro defendeu uma possível obrigatoriedade em relação à irrigação dos gramados. Para Tiago Nunes, o gramado seco atrapalha quem busca atuar em alto nível, e a falta de um campo em bom estado atrapalhou bastante o elenco, que previu as dificuldades que teria neste sábado ainda no aquecimento.
“Primeiro discurso depois do aquecimento foi que não dava para tocar a bola, que o gramado estava ruim. Sendo ndo um time que tenta trocar passes, fica difícil. Eles [Novorizontino] não tocam a bola, para eles não faz diferença. Se na maioria das ligas do mundo todos molham o gramado, há uma razão, é para dar velocidade, para a bola rolar”, pontuou.
“Isso fica prejudicado para o jogador de excelência, que passa como perna de pau. Isso não é para tirar mérito do Novorizontino, que tem méritos, mas para ter excelência. Temos que trabalhar no mais alto nível”, concluiu.