O preparador Arzul chama a atenção pela qualidade em bater na bola. É raro ele e errar, ao mesmo tempo que é comum vencer desafios contra os goleiros do Santos.
Acostumado com a repetição, Arzul sofreu durante a quarentena e aos poucos readquire a forma.
“Foi muito difícil. Costumo dizer que é uma ressurreição. Todos nós estávamos sem saber o que fazer, com medo, a cada dia havia uma expectativa maior pelo retorno. Para mim, particularmente, a saudade de bater na bola, conviver com os goleiros e ver a resposta deles. Fez muita falta. Eu e Juninho (outro preparador de goleiros) necessitamos das repetições”, disse Arzul, à Santos TV.
“Não tinha como ficar parado, fazer uma corrida, bicicleta, levantar peso… Dependemos muito da massa muscular e potência para o chute sair com precisão. Os exercícios ajudaram bastante. Eu e Juninho erramos pouco, e errar pouco ajuda no nosso trabalho do dia a dia”, completou.
Arzul destaca a dificuldade de todos os atletas pela inatividade de mais de três meses, mas vê problema ainda maior para os goleiros.
“Todos sentiram muito na parada, mas os goleiros foram muito prejudicados por falta de tempo de bola, de espaço, de deslocamento, de poder formatar as mãos mediante ao punho. Goleiros sentiram muito nesse retorno, aos poucos vamos trabalhando e soltando a perna deles para ver a reação (risos)”, concluiu.
O Santos voltou a treinar com bola na última quarta-feira depois de uma semana de avaliações físicas. Ainda não há data para o Campeonato Paulista ser retomado.