O ex-diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, relembrou na noite da última segunda-feira a venda do atacante Roger Guedes ao Shandong Luneng, da China. O dirigente deu mais detalhes da negociação e explicou que foi uma situação “criada” por ele, pois o time asiático “nem sabia quem era” o jogador.

“Ele chegou por R$ 2,5 milhões e foi vendido por 9,5 milhões de euros. A venda foi criada, porque o clube chinês nem sabia quem era o Roger Guedes. Cabe ao diretor criar oportunidades no mercado. Então coloquei ele no Atlético e disse ao presidente do clube que o Roger seria emprestado, mas que a gente precisaria vendê-lo no meio do ano”, disse em entrevista ao SBT.

“Quando deu a possibilidade de alguns clubes o comprarem, principalmente na China, fiz um trabalho colocando a situação que a Arábia queria. A Arábia estava crescendo (no futebol), a China ficou com ciúme, aí você faz um movimento que os árabes querem e, no final, os chineses, que nem sabiam quem era, pagaram 9,5 milhões de euros”, completou.

Mattos também fez uma avaliação sobre a chegada de Lucas Lima ao Palmeiras. Questionado se considera a contratação como o maior erro de sua carreira, o dirigente negou e ressaltou que, na época, o meia era um jogador pedido na Seleção Brasileira.

“(Maior erro) Da minha carreira não. De jeito nenhum. Já errei em muitas outras coisas. Acho que o Lucas, naquele momento, era um jogador pedido na seleção brasileira. Contratei também Dudu, Weverton, Gómez, Mina e outros jogadores que deram certo. Todas as contratações são gatilho técnico, do treinador, e autorizações financeira, jurídica e do presidente. São várias mãos que funcionam, e todas elas autorizaram o Lucas Lima”, justificou.

Alexandre Mattos assumiu o cargo de diretor de futebol do Palmeiras em 2015, após realizar um trabalho de destaque pelo Cruzeiro, no qual conquistou o bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014. Enquanto esteve no Verdão, o clube foi campeão da Copa do Brasil em 2015 e do Brasileirão em 2016 e 2018.