No início da tarde desta quinta-feira, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou o efeito que suspendia o retorno do lockdown no Distrito Federal. Com isso, as atividades consideras não essenciais, como eventos esportivos, estão proibidas.

A decisão afeta a realização de três grandes partidas de futebol que seriam disputadas no Mané Garrincha, em Brasília, nos próximos dias. Estão marcados os duelos entre Flamengo e Palmeiras, no domingo, pela Supercopa do Brasil, entre Santos e San Lorenzo, na terça-feira, pela terceira fase da Pré-Libertadores, e entre Palmeiras e Defensa y Justicia, pela volta da Recopa Sul-Americana.

A medida foi imposta pelo desembargador federal Souza Prudente. Em março, o Distrito Federal entrou no sistema de lockdown e teve o retorno das atividades não essenciais previsto para o dia 29 de março. No entanto, uma liminar emitida no dia 30 pela juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira determinou a volta de medidas restritivas para o combate da pandemia de covid-19 a partir de 1º de abril. O Governo do DF recorreu e suspendeu a decisão no dia 31 de março.

Agora, o TRF-1 determinou novamente o lockdown no Distrito Federal, medida que já valerá a partir desta quinta-feira. Ao justificar a decisão, o desembargador Souza Prudente afirmou que o relaxamento das restrições vai levar ao “genocídio global”.

“A gravidade do quadro inicialmente verificado e que serviu de base para a adoção de medidas restritivas de mobilidade urbana no âmbito do Distrito Federal não sofreu qualquer redução, mas sim agravamento, a demonstrar que houve e há uma escalada no risco de iminente colapso do serviço de saúde público e privado no Distrito Federal, não se justificando, dessa maneira, o relaxamento de tais medidas”, disse.

“Posturas contrárias e negacionistas à defesa da vida, sem agilização nas vacinas cientificamente disponíveis, levará toda a sociedade das presentes e futuras gerações ao genocídio global, sem esperança de construirmos juntos um meio ambiente planetário, essencial à sadia qualidade de vida, como assim determina a nossa Constituição da República Federativa do Brasil”, completou.