A edição desta terça-feira do programa Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, contou com a participação ao vivo de Jair Ventura, técnico do Sport. Perguntando sobre o empate sem gols do último sábado com o Atlético-MG, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, o comandante rubro-negro explicou a estratégia utilizada para parar o Galo.
“Um jogo muito difícil. A gente sabe da qualidade do Galo, da força que eles fizeram para contratar tantos jogadores, acabaram de contratar um jogador de R$ 35 milhões, e a gente sabe da força deles jogando em casa. Foi o único jogo em que o Atlético não fez gol dentro do Campeonato Brasileiro. Eles vêm com um jogo muito bom de amplitude com seus dois externos, e, por isso, fizemos uma linha de cinco para tentar minimizar isso. Lógico que tivemos dificuldade mesmo assim. Queríamos sair com a vitória, mas quando você empata, você volta com um ponto muito importante para a caminhada. Sabemos o quanto é difícil o Campeonato Brasileiro, na minha opinião o campeonato mais equilibrado do mundo”, declarou.
Jair Ventura também falou sobre a cultura imediatista do futebol brasileiro, principalmente em relação a treinadores. O técnico criticou a mentalidade predominante no esporte nacional, mas ressaltou que os profissionais entram no meio cientes da situação.
“A gente sabe que é assim que funciona. Se você perguntar se nós, treinadores, gostamos dessa cultura, é lógico que não gostamos. Temos que lutar para tentar mudar. Mas se eu disser que entrei em uma situação que não sabia que era assim, eu vou estar mentindo para você. Em 2005, quando fiz meu primeiro curso de treinador, eu sabia dessa situação. Infelizmente, ainda não mudou, Mas, a gente briga e torce para que isso mude porque quem ganha é o futebol brasileiro”, disse.
“Com mais calma, com mais tempo para treinar, mais tempo para implementar a ideia, seja ela qual for, é preciso de tempo para que os atletas possam assimilar. A gente precisa de mais sessões de treino, de menos jogos de quarta e domingo, quarta e domingo. Eu completei dois meses aqui agora dia 25, e a gente já tinha feito 13 jogos. É muito difícil. Mas a gente que é assim que funciona. Não tem ‘mimimi’, não tem ‘chorôrô’, temos que dar uma solução. É a situação de trocar o pneu com o carro andando, esse é o nosso futebol”, acrescentou.
Por fim, o comandante do Sport ainda comentou o atual momento da equipe pernambucana. O Leão vem de cinco jogos consecutivos sem vitória (quatro derrotas e um empate) e ocupa a 12ª colocação no Brasileirão, com 21 pontos conquistados.
“Nós conseguimos uma boa série, foram três vitórias consecutivas e um empate com o Palmeiras, a gente chegou a ficar em quinto. Mas, vale lembrar, que quando chegamos, eu e minha comissão, a gente estava em 18º. Quando fomos jogar contra o Grêmio, estávamos na lanterna. Nós, como profissionais, não podemos cair na pegadinha, não achar que está tudo maravilhoso quando você tem uma boa sequência, e não achar que está tudo péssimo quando você tem uma sequência de quatro jogos sem vencer. É ter equilíbrio, levar cada jogo como uma grande final, para que no final do ano possamos ver onde conseguimos levar a equipe do Sport no Campeonato Brasileiro”, completou.