Com a volta de Jô e as saídas de Vagner Love e Pedrinho durante a pandemia, Tiago Nunes terá que fazer alterações no ataque do Corinthians assim que os campeonatos forem retomados.
Ainda não há indícios, porém, de como o reforço será utilizado pelo treinador, se assumirá a titularidade logo de cara no mesmo sistema usado antes da paralisação, ou se formará uma dupla com Mauro Boselli.
O histórico de Tiago Nunes indica que o brasileiro e o argentino devem disputar uma única vaga no comando de ataque. No Athletico-PR, o treinador se destacou por ter um ataque móvel e de bastante intensidade, com dois jogadores mais abertos pelas pontas, Nikão e Rony (Marcelo Cirino), e uma referência, Pablo e depois Marco Ruben.
Em seu início de trabalho no Corinthians, Tiago também optou, na maior parte das vezes, por dois atacantes de mais velocidades e um centro-avante, no esquema 4-2-3-1, com Luan na armação. Enquanto Boselli foi titular em dez das 12 partidas, Pedrinho, Everaldo, Janderson, Yony González e Mateus Vital variaram nas pontas.
O ponto fora da curva foram as poucas vezes em que Love foi escalado junto com Boselli, mas os testes não deram muito certo. Os dois foram titulares na partida que eliminou o Corinthians da Libertadores; além do empate sem gols com o São Paulo e a derrota por 2 a 1 contra o Água Santa, ambas pelo Campeonato Paulista.
O fator que pode ajudar a formação da dupla Jô e Boselli é a flexibilidade de Tiago Nunes quanto ao seu estilo de jogo. Apesar de ser um técnico primariamente ofensivo, o Athletico-PR atacava tanto com mais posse e toques curtos, como buscando bolas longas em transições ofensivas rápida.
No segundo cenário, seria mais fácil imaginar os dois atacantes, com Ramiro e Luan atuando mais abertos no meio-campo, por exemplo, em um esquema 4-4-2.