Goianésia consultará Jurídico após não receber parte da venda de Michael
O Goianésia, clube que detém 5% dos direitos econômicos de Michael, irá consultar seu Departamento Jurídico pelo não recebimento da parte que tinha direito pela venda do jogador ao Flamengo, algo em torno de 500 mil euros (R$ 2,2 milhões).
O Goiás, antigo dono de 75% dos direitos econômicos de Michael, vendeu o atleta por 7,5 milhões de euros (R$ 34 milhões). Michael, que detinha 20%, cedeu 5% ao Flamengo, que agora é dono de 80% do seu passe. O Goianésia, no entanto, segue com 5% ao invés de também receber sua parte na transferência da revelação do último Campeonato Brasileiro, algo que não agradou a alta cúpula do clube.
“A gente não foi chamado pelo Flamengo. No fim, soubemos que o Flamengo não quis pagar nossa parte. Já passamos para nosso Departamento Jurídico, que vai analisar o contrato. Primeiramente, vamos analisar nosso contrato com o Goiás. Depois, vamos analisar o que vai ser feto no contrato com o Flamengo”, afirmou Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, ao Globoesporte.com.
Michael foi uma das revelações do Campeonato Brasileiro 2019 (Foto: Divulgação)
O Goianésia foi um dos principais responsáveis por tornar a negociação um pouco mais burocrática. Como também era dono de parte de Michael, o modesto clube autorizou o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Edmininho Pinheiro, a representa-lo nas negociações. O desfecho, todavia, não foi o esperado.
Apesar do imbróglio, o Goianésia confia que Michael se tornará um dos grandes nomes do futebol brasileiro. Desta forma, os 5% que hoje equivalem a 500 mil euros poderiam se tornar ainda mais caros futuramente, em uma possível futura venda do jogador a um mercado maior. O problema é que o modesto time de Goiás gostaria de evitar qualquer tipo de risco, ainda que ele seja pequeno, em relação ao não recebimento da quantia que tem direito em caso de negociação do atacante.
“A gente confia muito no potencial do Michael, mas, como o dinheiro é do clube, não dá para arriscar. O Goianésia é um clube pequeno, é a menor parte envolvida. A quantia de 500 mil euros é muito importante para nós. Pessoalmente, se fosse para eu arriscar, eu apostaria no Michael, sim. Mas, o dinheiro não é meu, é do clube. Então, não dá para correr o risco”, completou o presidente do Goianésia.