Mario Gobbi quer ser presidente do Corinthians novamente por não concordar mais com a maneira que o clube tem sido administrado nos últimos anos. Por isso, primeiro rompeu com o grupo Renovação e Transparência, liderado por Andrés Sanchez, e agora se aliou a grupos de oposição.

A principal bandeira levantada por Gobbi é de que o Corinthians alcançou um patamar tão preocupante na área financeira, com recordes negativos, de que o momento exige uma gestão totalmente voltada ao objetivo de sanar estes problemas, deixando até mesmo a busca por títulos como algo secundário.

Entretanto, entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015, quando cumpriu seu mandato, Gobbi elevou a dívida alvinegra de R$ 178 milhões para 314 milhões. Quando questionado pela Gazeta Esportiva se a mudança de postura e os problemas atuais também não envolvem seu período à frente do clube, o candidato justificou os gastos naquele momento.

“Imaginemos que, em 2012, eu iria assumir e dizer ‘chega de gastar, vamos ter gestão técnica e recuperar finanças’. A gente faria isso, eu entregaria em 2014 um balanço com crédito, e os corintianos iam fazer o quê? Me apedrejar. Existia clima em 2012 para eu dizer sobre arrumar finança? Nenhum”.

“Em 2010, caímos fora com a melhor campanha da Libertadores. Porque perdemos no Maracanã e depois fizemos 2 a 0 no primeiro tempo e tomamos um gol do Vagner Love aqui, o ônibus foi apedrejado, foi atijolado. Quando saí do vestiário, ameaçaram bater em mim. Eu não conseguia andar na rua”.

“A torcida do Corinthians me parava na rua, me dizia que não dava mais, era vítima de chacota, piada, não aguentava mais. Se a gente não ganhasse a Libertadores, podia fazer o que fosse. Não tinha mais oxigênio para o corintiano viver sem a Libertadores. Então, o foco foi fazer o time vitorioso, o resto esquece. Trouxemos a Libertadores invicta, diante do Boca, isso é histórico. Quando vai acontecer de novo? Não sei. Quanto custa uma Libertadores? E o Mundial, tem preço? Nós fomos buscar, era o que a torcida queria”.

Com Gobbi na presidência, o Corinthians teve o aumento na dívida por volta de R$ 136 milhões e Ganhou quatro títulos: Libertadores, Mundial, Recopa Sul-americana e Paulista.