O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, explicou nesta quarta-feira o porquê do clube não ter contratado o atacante Hulk no início da temporada. Além disso, o dirigente falou da escolha da comissão técnica em reintegrar Deyverson ao elenco em detrimento de Borja, sendo que ambos retornaram de empréstimo.

Segundo Galiotte, Abel Ferreira e sua comissão técnica queriam um atacante de dinâmica, que conseguisse pressionar a saída de bola do adversário. Deyverson, que se encaixa melhor nesse perfil, acabaria marcando o gol do título da Libertadores pressionando Andreas Pereira.

“Ele (Abel Ferreira) analisou as características do Borja e do Deyverson, ficar com os dois não era uma decisão. O Deyverson ficou, Borja foi emprestado. Ele (Deyverson) foi muito questionado e se a gente fizesse uma grande contratação, talvez não ganhássemos a Libertadores. O Deyverson comprovou o que o Abel pediu para nós, então quando você vê o final da história, você vê que antes de tudo isso tem uma série de detalhes”, disse Galiotte em entrevista à TNT Sports.

Além disso, o presidente do Palmeiras falou sobre o atacante Hulk, sondado pelo Verdão no início do ano. Para Galiotte, dois fatores foram fundamentais para o artilheiro do Brasileirão não vestir a camisa do seu time do coração.

“Quando ele (Hulk) foi contratado pelo Galo? Onde estávamos em janeiro? Uma parte da resposta está aí, a gente estava no meio de uma decisão de Libertadores (contra o Santos). Como vamos mexer com uma contratação de peso alguns dias antes de uma final de Libertadores? Isso traz um impacto de vestiário que você não sabe qual é. Ali tinha um grande campeão de Libertadores, futebol não vive só de contratações, com todo respeito. Gostaria de ter o Hulk no meu time, é óbvio, mas a gente tem que entender o contexto”, disse o presidente.

Outro fator que influenciou na decisão do Palmeiras em não formalizar uma proposta para Hulk foi a questão financeira. “Tenho que ter inteligência emocional e a sensibilidade de fazer certas coisas. É um grande jogador, gostaria de tê-lo, mas as circunstâncias não foram favoráveis. Tenho que ter também responsabilidade financeira, ele é um jogador valorizado, com seus méritos. Acertamos que traremos apenas questões pontuais, como o Dudu que voltou, o Piquerez… Entendo que o torcedor ficou frustrado, me ofendeu… Mas tenho que seguir um planejamento”, concluiu.

Galiotte se disse orgulhoso por investir fortemente nas categorias de base, alegando pregar por um “equilíbrio” entre contratações e revelações do próprio clube. O dirigente ficará no Palmeiras até 15 de dezembro, quando Leila Pereira assume a presidência do atual bicampeão da Libertadores.