Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, ainda não desistiu da criação da Superliga Europeia. Em entrevista à rádio espanhola Cadena SER, o mandatário ressaltou a necessidade de adquirir dinheiro e destacou que ainda mantém a ideia em mente, além de criticar o modelo atual da Liga dos Campeões.
“Nós trabalhamos para ajudar a salvar o futebol neste momento, porque tem de ser salvo. As pessoas acreditam que não aconteceu nada e muito aconteceu, uma pandemia veio. Que alguém nos dê qualquer outro formato que seja capaz de gerar dinheiro, porque se não gerar dinheiro, morre. A La Liga é intocável, faz parte da história de todos os países. E o formato que existe agora, que é a Champions League, é um formato obsoleto, antigo e que só dá juros”, disse.
Florentino Pérez é o principal idealizador da Superliga Europeia
“Estou um pouco triste e desapontado, porque estamos trabalhando neste projeto há três anos. Mas se alguém acha que a Superliga morreu, está completamente errado. Juventus e Milan não saíram. Vamos continuar trabalhando e o que todos acham que é o melhor vai sair. Estou convencido que se este projeto não sair, sairá outro muito parecido”, acrescentou.
Florentino ainda afirmou que ficou surpreso com as críticas “agressivas” que recebeu por conta da criação da competição.
“Nunca vi tanta agressividade, parecia algo orquestrado. Pedimos para falar com os presidentes da Uefa e da liga espanhola, e eles nem nos responderam. A partir daí começa uma agressividade que eu, que estou no mundo do futebol há 20 anos, nunca tinha visto na minha vida. Ameaças, insultos, como se tivéssemos matado o futebol”, declarou.
“A Uefa fez um show. Eles fizeram parecer que lançamos uma bomba atômica. Não nos deixaram explicar. Não pode ser que os que estão no topo percam dinheiro e o resto ganhe dinheiro. Os ricos agora estão perdendo muito dinheiro”, completou.
O presidente também destacou que um dos clubes ingleses não estava muito interessado no campeonato e deixou os demais em dúvida. “Havia alguém no grupo inglês que não tinha muito interesse na Superliga. E eles começaram a infectar os demais. Todos eles assinaram um acordo vinculativo, mas no final, por causa da avalanche na Premier League, foram embora”, finalizou.