O presidente da Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense (Abravic), Fabiano Porto, apontou as dificuldades financeiras sofridas pelos parentes das vítimas. “Chapecó chora até hoje, assim como o estado e o país. Não vou ficar relatando o drama real de cada um, de cada mãe, de cada esposa, de cada criança, mas quero dizer que o Senado Federal é peça importantíssima no auxílio a todos nós, porque eles estavam representando o Brasil”, disse.
Já a presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C), Fabienne Belle, afirmou que os voos realizados pela LaMia ocorriam de maneira inadequada, responsabilizando os órgãos do governo pela permissão concedida à empresa aérea.
“Leis de liberdade do ar foram violadas, e nós recebemos a informação de que somente o piloto foi o culpado. Se isso fosse verdade, não estaríamos aqui hoje. Colocamos nossas esperanças nos desdobramentos desta CPI, porque são três anos carregando uma dor profunda, um sentimento de impunidade marcado nos nossos olhares, que não será diluído com o tempo”, completou.
O voo 2933 da LaMia levava a equipe da Chapecoense para a disputa da final da Copa Sul-Americana de 2016, contra o Atlético Nacional. A aeronave, que levava 77 pessoas, caiu no morro El Gordo, a 35 quilômetros do aeroporto de Medellin, na Colômbia, deixando apenas seis sobreviventes.