Um jogador que vinha sendo alvo de críticas ressurgiu justamente na altitude. Esse é Éverton Ribeiro, que se destacou no gramado do Estádio Casa Blanca, em Quito, no Equador. O que se viu em campo foi um apoiador que se movimentou, deu trabalho aos rivais e foi importante para o Flamengo vencer a LDU por 3 a 2.

Logo em seu primeiro toque na bola Éverton Ribeito deu o passe que deixou Gabigol na cara do gol. Era dois minutos do primeiro tempo e o artilheiro só teve o trabalho de deslocar o goleiro Gabbarini.

A assistência quebrou um jejum de mais de dois meses sem dar passe para gol. A última tinha sido em fevereiro, na vitória de 2 a 1 sobre o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião ele deu passe para Gabigol marcar.

Ainda contra a LDU, aos 22 minutos, Éverton Ribeiro avançou em direção ao gol, tirou proveitou do peso da bola na altitude e chutou de fora da área. O goleiro do time equatoriano defendeu de mão trocada, com grande dificuldade.

Além disso o jogador mostrou grande fôlego. Aos 32 anos, por exemplo, correu para cortar um cruzamento perigoso aos 46 minutos do primeiro tempo. Uma disposição para ajudar a defesa pouco vista em apoiadores em duelos na altitude.

“O fôlego do Éverton Ribeiro sempre foi motivo de elogio dos seus treinadores. É um jogador que tem nos ajudado muito e sempre mostra muita disposição”, defendeu Rogério Ceni, criticado por insistir com ele.

O fôlego a que Ceni se refere tem sido sempre exibido. Com Isla apoiando com frequência, deixando mais espaços do que Filipe Luís, Éverton Ribeiro tem conseguido fechar o corredor e evitar que o time fique vulnerável. Acabou substituído faltando dez minutos para o jogo acabar pois já demonstrava o cansaço de quem correu o jogo inteiro. Vitinho entrou em seu lugar.

O crescimento de Éverton Ribeiro vem em um momento muito importante para o Flamengo. Envolvido na reta final do Campeonato Carioca e na Copa Libertadores, e com Copa do Brasil e Brasileirão no horizonte, rodar o elenco será fundamental para Ceni. Assim não dá para abrir mão de ninguém.