A queda de rendimento do Santos no Campeonato Brasileiro coincide com a piora de rendimento do sistema defensivo. Após sofrer apenas nove gols nas 13 primeiras rodadas da competição, o time foi vazado cinco vezes nas derrotas para São Paulo (3 a 2) e Cruzeiro (2 a 0), nas duas últimas rodadas. O cenário incomoda o goleiro Everson, mas ele prometeu que o time vai retomar o padrão dos compromissos anteriores.
“O primeiro incomodado é o goleiro. A gente vinha com bons números e infelizmente nesses dois últimos jogos o time acabou tomando um número alto de gols, o que não era nossa característica, tanto que tínhamos ficado vários jogos sem sofrer gols. A média era inferior a 0,5 e agora está em 0,76 (gols por jogo). É boa ainda, mas dá para melhorar e pensamos nisso para o jogo contra o Fortaleza”, afirmou o goleiro em entrevista coletiva nesta quarta-feira no CT Rei Pelé.
Apesar do momento ruim, o Santos ainda possui uma das melhores defesas do Brasileirão, mais vezes vazada apenas as de Corinthians (8 gols), São Paulo (9), Palmeiras (10) e Internacional (12). Everson reconheceu que esta é a fase mais difícil do time no Brasileirão, ainda que tenha apontado condições adversas encaradas pela equipe no clássico contra o São Paulo e também no duelo com o Cruzeiro. E espera mudar esse cenário a partir do confronto de domingo com o Fortaleza, na Vila Belmiro.
“Podemos colocar como o pior momento por causa das duas derrotas. Foram dois jogos fora difíceis. No clássico, em dez minutos a gente levou a virada e depois não conseguiu buscar resultado. Contra o Cruzeiro foi atípico, fizemos um plano de jogo e tivemos a expulsão que nos atrapalhou. Tomamos gol no final do primeiro tempo e no começo do segundo. Tirou nossa força de reação, ainda mais com um jogador a menos”, disse.
Se o Santos tem oscilado nos últimos jogos, a titularidade de Everson não parece estar ameaçada, a ponto de o goleiro ter completado no duelo contra o Cruzeiro uma sequência de dez partidas seguidas disputadas pela equipe. O goleiro, porém, promete não se acomodar com a condição, destacando a rotatividade de escalações adotada pelo técnico Jorge Sampaoli à frente do time desde o começo da temporada.
“Você não pode acostumar e nem acomodar. Além do Vanderlei, tem o João Paulo e o John. A rotatividade é alta no time, já jogamos com dois e três zagueiros. O Sánchez, um de nossos pilares, foi suplente do Jean Lucas. Não podemos nos acomodar, temos de trabalhar todos os dias na preparação dos jogos. É continuar focado para aumentar a sequência”, afirmou.