O trabalho de Odair Hellmann no comando do Fluminense começou com quatro vitórias seguidas na Taça Guanabara, primeiro turno do Carioca, e um desempenho em campo acima do esperado para um início de temporada.
O primeiro tropeço veio na quinta rodada do Estadual, na derrota diante do Boavista em pleno Maracanã.
Na sequência, o Tricolor estreou na Copa Sul-Americana com um empate em 1 a 1 diante do desconhecido Union La Calera, do Chile.
Os dois resultados inesperados foram esquecidos com a goleada sobre o Botafogo por 3 a 0 na rodada final da fase classificatória da Taça Guanabara, mas o time não foi páreo para o Flamengo na semifinal, perdeu por 3 a 2, e foi eliminado.
Hellmann teve então quase uma semana para preparar a equipe para o duelo decisivo contra o La Calera, em busca da vaga na segunda fase da competição continental. Porém o que se viu nesta terça-feira no Chile foi um time apático e sem poderio ofensivo.
Diante de um La Calera fechado, o Tricolor criou pouquíssimas chances de marcar e esteve mais perto de sofrer um gol no final do jogo nos contra-ataques do que de fazer o seu.
Na saída do gramado, o meia Paulo Henrique Ganso, que entrou no segundo tempo mas foi pouco efetivo, preferiu culpar o empate no primeiro jogo pela desclassificação do que encontrar uma explicação para o empate sem gols.
“Sabíamos que iríamos encontrar uma equipe forte. Pecamos em casa. O jogo que eles fizeram no Maracanã foi a chave para eles conseguirem a classificação,” disse Ganso.
A Sul-Americana era um dos principais objetivos do Fluminense na temporada. A eliminação precoce para uma equipe de menor expressão e, principalmente pela forma como o time se comportou em campo, devem colocar grande pressão sobre o treinador para o confronto da próxima semana pela Copa do Brasil.
No dia 26 de fevereiro, o Flu vai a São Luís, no Maranhão, encarar o Moto Club pela primeira fase da competição nacional. O Tricolor tem a vantagem do empate no confronto único.
Odair Hellmann espera que sua equipe consiga retomar o caminho das vitórias e se classificar.
“Não conseguimos dessa vez. Está todo mundo muito dolorido, chateado com a eliminação. Temos que retomar o mais rápido possível para as próximas competições. Semana que vem temos uma competição parecida, mata-mata. Essa eliminação tem que doer em todos nós. Estamos criando uma identidade de buscar as classificações, os objetivos. Não deu nessa, infelizmente. Temos que voltar a trabalhar, para que na próxima entrevista possamos estar em uma situação feliz”, disse o treinador após o jogo no Chile.