As eleições no São Paulo apenas ocorrerão no final de 2020, porém uma série de movimentações nos bastidores aquecem a campanha para os pleitos. Além da saída de Leco e escolha de um novo presidente para o Tricolor, o clube também trocará o cargo máximo do Conselho Deliberativo.

O estatuto do São Paulo prevê que “o Conselho Deliberativo é o órgão absoluto do Clube, é o representante dos associados, competindo-lhe orientar e aprovar a gestão dos negócios associativos, com rigorosa observância do Estatuto Social, dos Regulamentos Internos, do Regimento Interno e das Leis do País”.

O Conselho, portanto, regula mecanismos importantes para o clube, como as diretrizes orçamentárias, além de aprovar medidas propostas tanto pelo presidente quanto por membros do próprio órgão. A lógica se assemelha à Câmara dos Deputados, que põe em pauta projetos de lei e, após discussões, aprova ou veta os mesmos.

O presidente do Conselho tem a função de capitanear as assembleias com os membros do órgão, organizando qual será a ordem dos temas a serem debatidos. O mandatário também tem o poder de convocar reuniões extraordinárias, além de antecipar tópicos que não estavam previstos para os encontros. Dessa forma, trata-se de um cargo extremamente estratégico para as dinâmicas internas do Tricolor.

No momento, o presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo é Marcelo Abranches Pupo Barboza, que permanecerá no cargo até novembro deste ano, quando será realizada a eleição para a definição do sucessor. Um mês depois, será a vez do pleito presidencial.

As últimas semanas têm sido movimentadas nos corredores do clube do Morumbi em relação à campanha para a eleição do presidente do Conselho. No final de junho, a Gazeta Esportiva noticiou que a chapa de oposição apostará em Marcelo Portugal Gouvêa como candidato para o cargo.

A decisão estremeceu o grupo opositório do São Paulo. Dias depois, Ópice Blum anunciou que não participaria mais da corrida eleitoral, irritado pela opção da chapa antes mesmo da convenção. Na sequência, foi a vez de Ives Gandra Martins mudar de lado e passar a apoiar o grupo encabeçado por Júlio Casares.