Duílio Monteiro Alves atendeu à imprensa na noite desta quarta-feira, depois do Corinthians ficar no empate por 1 a 1 com o Santo André, na Arena de Itaquera. O diretor de futebol do clube falou sobre o protesto que algumas torcidas organizadas protagonizaram mais cedo, a confiança no trabalho de Tiago Nunes e as conversas que envolvem Dedé e Marllon.

Protesto

“Protesto da torcida é sempre válido, ainda mais uma torcida como a nossa, que vem sempre ao estádio, apoia o time a todo momento. É normal, não é bom, por ser início de temporada, mas a gente aceita e eles têm todo o direito de protestar da forma que fizeram hoje”

“Como eu coloquei há pouco, Fiel apoia os 90 minutos, cantam, apoiam, é direito deles. Entenderam que o time não está bem, eliminação na Libertadores mesmo jogando bem, torcida aplaudiu e isso causou surpresa em vocês. É muito cedo ainda, mudança de forma de jogar, elenco, comissão. Temos que ter tempo, tranquilidade, convicção. Não pega de surpresa (o protesto), é direito deles. A gente entende. Enquanto for pacífico, têm todo direito. Só vamos agradecer.”

Público baixo

“Nossa torcida sempre apoia, está sempre junto. Um tempo ruim, muita chuva. Acho que por isso o público esteve abaixo. Não tenho dúvida alguma de que o time está melhorando e as coisas vão acontecer e o público vai continuar apoiando como sempre. O torcedor corintiano é diferente de todos”

Tiago Nunes

“Não existe limite. Trabalho está sendo bem feito. Rendimento vem acontecendo. Tendo 15, 20 chances por jogo. São coisas inexplicáveis no futebol. Temos que seguir porque vem rendendo.”

“A gente vê o time evoluindo muito. Infelizmente, no futebol brasileiro, no Corinthians mais ainda, a gente vê uma pressa por resultado. A cobrança é rápida, o time tem de vencer e muitas vezes vencer e jogar bem. O time vem jogando bem, criando oportunidades, muito mais que os adversários, mas a bola não está entrando. E os adversários criam uma, duas, três chances e acabam fazendo gol. A gente tem de entender que é uma nova forma de jogar, jogadores chegando, o trabalho está sendo bem feito e a gente têm de ter paciência. Torcedor não tem muito, vocês (imprensa) também não, mas a gente tem de ter”.

“Sem dúvida, o Corinthians é muito grande, nossa torcida é gigantesca. A pressão sempre existiu e vai continuar até que os resultados venham. Temos que estar prontos para darmos respaldo ao treinador e aos jogadores. Esses dez dias são bons pelo trabalho porque precisamos de tempo, mas precisamos de resultados”.

“Temos que estar prontos para dar retaguarda para os jogadores, para o treinador, para que eles possam estar trabalhando. Por um lado (jogar só dia 7 agora), são dias bons para o trabalho, por ser reformulação, mas a pressão vai se manter até que o resultado apareça”.

Negociação com Cruzeiro

“Dedé não foi oferecido a mim. Sobre Marllon, tem procura, existe conversa, interesse. Nada definido. Existe a possibilidade. Araos não. Não existiu essa conversa. Marllon é empréstimo até o fim do ano”

Manutenção da drenagem do gramado

“Lógico que não (falta). Na hora que começou, o volume alto de chuva em pouco tempo, em cinco minutos, a água baixou. Quando as vitórias não aparecem, começam a surgir uma série de coisas negativas.”