Dudamel considera críticas de Nathan como “covardes” e responde o jogador
Após as críticas feitas pelo meia Nathan, o ex-comandante do Atlético-MG, Rafael Dudamel, respondeu o jogador. O venezuelano considerou a fala do brasileiro como “covarde”, já que, segundo ele, as portas de sua sala estavam sempre abertas para conversas.
“Queríamos que todos almoçassem ao mesmo tempo. Um chegava às 12h, outros às 12h30. Isso para mim, como concepção de futebolista, não entrava na minha cabeça. Como seria uma equipe ganhadora se não tinha as mínimas normas coletivas de comportamento? Então, para jogadores que vinham andando por conta própria, isso causou certo choque. Essas declarações me soaram muito covardes, porque as portas da minha sala sempre estiveram abertas para conversar”, disse em entrevista ao Portal Meridiano Online.
(Foto: Divulgação/Bruno Cantini)
Além disso, o técnico classificou o Centro de Treinamentos do Galo como um “clube social” e afirmou que assim que chegou ao clube mineiro, o presidente Sérgio Sette Câmara o considerou o “Rei do CT” e que ele poderia fazer as alterações que quisesse.
“Em uma reunião com o presidente, eu disse a ele que, com todo respeito, o Atlético que encontrei era um clube social. Porque as normas que vivi no futebol e os espaços, havia muitas coisas diferentes. Me lembro que ele me disse que o ‘Rei do CT’ se chama Rafael Dudamel e me deixou tomar as medidas que considerava necessárias. Foi tudo tomando um norte e uma forma”, completou.
Na última sexta-feira, Nathan declarou a TV Record que o treinador chegou e “mudou tudo”, inclusive a hora do almoço dos jogadores, sendo que alguns, logo após o treino, que acabava por volta das 11h30, “queriam ir para a academia, mas não podiam, porque tinham que estar meio-dia na hora do almoço”
“Ele chegou e, do dia para a noite, mudou tudo. A gente não entendia muito bem o esquema tático. Ele falava para fazer uma coisa. Aí a gente fazia. E depois ele falava para fazer outra, depois outra. Não deixava muito claro para a gente. O Dudamel era um cara que às vezes queria muito mandar, mandar, mandar, deixava a gente trancado no CT e tal. Tem alguns jogadores que não gostam disso e acabavam ficando de saco cheio: pô, o cara quer mandar em tudo”, revelou.
Rafael Dudamel ficou a frente do comando técnico do Atlético-MG por apenas dez jogos.