Nesta sexta-feira, seis diretores do Barcelona renunciaram aos seus cargos por não concordarem com a forma como o clube tratou a questão da redução salarial de seus jogadores e os impactos financeiros causados pelo novo coronavírus. Pediram demissão os vice-presidentes Emili Rousaud e Enrique Tombas e os diretores Silvio Elías, Josep Pont, Jordi Calsamiglia e Maria Texidor.

Em uma carta aberta aos torcedores, os dirigentes afirmaram não acreditar que o conselho do Barcelona seja capaz de lidar com os efeitos da pandemia. Além disso, criticaram o caso Barçagate, no qual o clube foi acusado de contratar os serviços da empresa I3 Ventures para preservar a imagem do presidente Josep Maria Bartomeu e manchar a de atletas e ex-jogadores do time catalão.

Profissionais fizeram duras críticas ao presidente Bartomeu

Os profissionais ainda exigiram que as próximas eleições aconteçam o mais rápido possível para permitir “que o clube seja gerido da melhor maneira frente às importantes metas de curto prazo”.

Como resposta, o Barcelona emitiu um comunicado em seu site oficial negando as acusações e ameaçando processar os dirigentes. Confira a nota na íntegra:

Diante das acusações sérias e infundadas feitas nesta manhã pelo Sr. Emili Rousaud, ex-vice-presidente institucional do Clube, em várias entrevistas com a mídia, o FC Barcelona nega categoricamente qualquer ação que possa ser classificada como corrupção e, portanto, reserva-se o direito de ação penal que possa corresponder.

Nesse sentido, a análise dos serviços de monitoramento de redes sociais está sendo submetida a uma extensa auditoria independente da PriceWaterhouseCoopers (PWC), que ainda está em andamento e, portanto, sem conclusões, facilitando a Bata todas as informações e meios que a PWC solicita desde o início do processo.

Finalmente, as renúncias dos membros do Conselho de Administração anunciadas nas últimas horas ocorreram como resultado da reforma do Conselho promovida pelo Presidente Josep Maria Bartomeu nesta semana, e que será concluída nos próximos dias. Esta reforma do Conselho de Administração visa enfrentar com o máximo de garantias a última seção do mandato, com o objetivo de implementar as medidas necessárias para preparar o futuro do Clube, superar as consequências da crise de saúde que estamos enfrentando e concluir as ações da programa de gestão iniciado em 2010 e o Plano Estratégico aprovado em 2015.