Depois de duas semanas, CEO do Cruzeiro anuncia saída do cargo
Vittorio Medioli não será o CEO do Cruzeiro. Na manhã deste domingo, o empresário publicou uma coluna no jornal O Tempo deixando evidente que vai abandonar o cargo que assumiu duas semanas atrás.
“Encerrado o período de recesso e de festas, amanhã voltarei integralmente ao meu lugar de prefeito de Betim, ajudando o Cruzeiro nas horas disponíveis. O CEO do Cruzeiro será outro”, contou.
Medioli garantiu sua permanência como ajudante do Conselho Gestor no Cruzeiro, mas frisou que a lei não o permite exercer o cargo.
“Ficou esclarecido que o estatuto do Cruzeiro me impede de assumir. Aceitei durante 15 dias participar de uma tentativa de resgatar, que me permitiu conhecer a extensão do imbróglio azul e apresentar estratégias e medidas que o verdadeiro CEO, aquele legitimado, poderá usar (…) Darei tudo que posso e a lei me permite”, continuou.
O político sugeriu ainda a presença de um interventor, amparado pela Justiça, para realizar mudanças necessárias.
“Os últimos dias me concederam que, mais que um CEO, exposto à incerteza jurídica do cargo, o Cruzeiro precisa de um interventor amparado pela Justiça e com autoridade para executar o que for preciso. Doa a quem doer. O Cruzeiro, já há longo tempo, está sob investigação da polícia e do Ministério Público”, analisou.
Vittorio Medioli também denunciou o estatuto do Cruzeiro, apelidado por ele de “conjunto Frankenstein”. Frente a isso, o empresário sugeriu uma mudança.
“O estatuto do clube é um conjunto Frankenstein de regras que atendem interesses miúdos, mesquinhos e de dominação de grupos. Não atendem a grandeza e solidez de suas finalidades. Privilegia mais o incompetente (…) A reconstrução do Cruzeiro passa inevitavelmente pela elaboração de um estatuto coerente e alinhado com a realidade. Melhor ainda se o Cruzeiro se transformasse em empresa (…)”, finalizou.