A final da Libertadores feminina será disputada neste domingo. às 19h45 (de Brasília), entre América de Cali-COL e Ferroviária. E as duas equipes chegaram até a decisão graças às grandes atuações de suas goleiras ao longo da competição.
No time colombiano, Katherine Tapia defendeu duas cobranças de pênalti na semifinal contra o Corinthians e garantiu a vaga do América no final. Já no lado brasileiro, Luciana foi a responsável por pegar três penalidades diante da Universidad de Chile e levar a equipe para a finalíssima. A goleira da Ferrinha ainda teve grande atuação nas quartas de final e fechou o gol contra o River Plate, confirmando a vitória por 1 a 0 e a classificação para a fase seguinte.
Fora dos gramados, elas possuem belas histórias que mostram o caminho que trilharam até se tornarem goleiras profissionais. Tapia, que joga futebol desde os oito anos, acabou entrando para a polícia e foi desacreditada por seus próprios companheiros de trabalho. Porém, não desistiu de seu sonho e conseguiu fazer sua estreia pelo Atlético Nacional em 2018.
?¡Figura! ? La arquera de @AmericaCaliFem Luz Katherine Tapia se lució en la definición por penales frente a @SCCPFutFeminino en la semifinal de la CONMEBOL #LibertadoresFem.#LaGloriaEsDeEllas pic.twitter.com/wCl33S2Xjw
— CONMEBOL Libertadores Femenina (@LibertadoresFEM) March 18, 2021
“Muitas vezes escoltei os jogadores no ônibus do Atlético Nacional e pensei que um dia poderia ser eu a acompanhá-los. Sempre disse isso aos meus colegas policiais e eles não acreditaram em mim, até que tive a oportunidade de estrear com o Nacional e eles foram os primeiros a me dar os parabéns”, afirma a arqueira do América de Cali.
A colombiana também revelou que, por conta da saída da polícia, sua mãe ficou três meses sem falar com ela. “Agora ela é a mãe mais orgulhosa e me apoia nesse sonho”, acrescenta Tapia.
?? A heroína da Ferrinha! A goleira Luciana defendeu 3️⃣ cobranças na decisão por pênaltis contra a#UdeChile e garantiu a classificação das @guerreirasgrena à grande final da CONMEBOL #LibertadoresFEM!#AGlóriaÉDelas pic.twitter.com/l6xl9QMjMl
— CONMEBOL Libertadores Femenina (@LibertadoresFEM) March 19, 2021
Luciana, por sua vez, começou sua carreira ainda criança no futsal feminino como atacante. No entanto, em um dia no qual não havia goleiras disponíveis, as jogadoras se revezaram na posição e ela conseguiu se destacar. “Fui muito bem, todos me elogiaram e naquele dia decidi que jogaria no gol”, declara.
Fã do ex-goleiro Dida, a arqueira da Ferroviária participou da final da Copa Libertadores de 2019, na qual seu time foi derrotado pelo Corinthians por 2 a 0. Agora, tem a oportunidade de concretizar sua revanche e levantar a taça. “Mesmo sendo uma vilã ou uma heroína, adoro ser goleira. Não trocaria essa posição por nada”, finaliza.