De volta de empréstimo, o atacante Miguel Borja foi a grande novidade da reapresentação do Palmeiras nesta terça-feira. Após um ano e meio no Junior Barranquilla, o colombiano foi reintegrado ao elenco alviverde

“É só agradecer a Deus por estar de volta. Quando fui embora, todos do Palmeiras ficaram em meu coração e pude deixar as portas abertas. O clube tem pessoas maravilhosas. Agora vamos trabalhar juntos e tratar de fazer o melhor”, disse Borja, ao site oficial do clube.

Contratação mais cara da história do Palmeiras, Borja anotou 36 gols em 112 partidas entre 2017 e 2019, conquistado o Brasileirão de 2018 e sendo artilheiro do Paulistão e da Libertadores do mesmo ano. Mesmo assim, o centroavante não caiu nas graças do torcedor palestrino. Depois do empréstimo, o jogador de 28 anos se vê mais maduro e melhor em “muitos aspectos”.

“Fiquei no Junior um ano e meio, mas joguei só um por causa da pandemia. Sou grato ao clube porque também me abriu as portas. Consegui jogar bastante, marcar gols e voltar à seleção, que era um objetivo pessoal muito grande. Sinto que melhorei em muitos aspectos. Quando cheguei ao Brasil tinha 23 anos, agora sou mais maduro”, garantiu.

Pelo Junior Barranquilla, o atacante somou boas atuações e voltou a ser chamado pela seleção colombiana, disputando a Copa América deste ano. Em sete jogos na competição, marcou dois gols e deu uma assistência. Na atual edição da Libertadores, é o artilheiro com seis bolas na rede, empatado com Rony, Gabigol (Flamengo) e Hulk (Atlético-MG).

“Disputar a Copa América era um dos meus sonhos. Pude atuar ao lado e contra craques internacionais no torneio. Nas concentrações, eu e Mina vimos vários jogos do Palmeiras e ficávamos sempre felizes quando o time ganhava. Ele também é muito grato ao clube”, afirmou.

Borja tinha previsão de voltar ao Verdão no começo de julho, com o término de seu contrato de empréstimo ao Junior Barranquilla. No entanto, o atacante passou os últimos dias na Colômbia para completar o ensino médio aos 28 anos. O jogador falou sobre esse momento e se emocionou com a finalização dos estudos.

“Eu sentia que precisava acabar meus estudos. Com a ajuda dos professores da Colômbia e da minha família, principalmente da minha mãe, que queria muito que eu finalizasse, eu consegui e fiquei muito contente. No dia da formatura, parecia que eu tinha acabado de fazer um gol de bicicleta”, contou.

“O instituto em Tierralta, na minha cidade natal, continua. Ainda tem vários escudos do Palmeiras ao longo da casa. Meu pai disse que ficará lá para sempre, que não vai tirar, não (risos). Minha família é toda muito grata ao clube também”, concluiu.